Esportes
As ondas voltaram: Gabriel Medina se recupera logo após eliminação e conquista a medalha de bronze na Olimpíada de Paris
Brasileiro consegue somatória de 15.54 e supera peruano Alonso Correia na disputa pelo terceiro lugar do surfe masculino
Não foram os clássicos tubos de Teahupo'o, mas a bateria da disputa do bronze ofereceu muito mais possibilidade para Gabriel Medina desfilar suas manobras e, assim ,garantir sua primeira medalha em Olimpíadas, nesta segunda (5). O paulista de Maresias (SP), que havia perdido a semifinal uma hora antes, venceu o peruano Alonso Correia com a somatória de 15.54, em uma inusitada combinação de duas notas 7.77.
Principal nome do surfe brasileiro, Gabriel Medina nutria a expectativa de uma medalha de ouro em Paris-2024. Mas, se o título não foi possível, ele pelo menos se juntou ao, até aqui, seleto grupo de surfistas que têm um pódio olímpico. Dez anos depois do seu primeiro título mundial e três anos depois de deixar Tóquio com um frustrante quarto lugar, Medina conquistou sua primeira medalha olímpica.
— Fico feliz com a medalha, treinei bastante esse ano para isso. Claro que o que faltava era a medalha de ouro, mas sou medalhista olímpico. Estou muito feliz pelo meu trabalho, sinto que merecia muito essa medalha. Sou apaixonado pelo meu país. Estou feliz de ter representado ele muito bem — celebrou Gabriel Medina, após a competição. — Amo fazer o que eu faço, que é surfar. E deixar quem está perto orgulhoso é o que faz sentido para mim. Então estou feliz.
O surfista ainda confessou que acordou "todo travado" hoje, tamanho era seu nervosismo e a sua ansiedade. Sobre a falta de ondas na semifinal, que resultou na sua derrota, ele lembrou que esse mesmo mar de Teahupo'o já lhe deu muitas alegrias. Foi lá que o brasileiro conquistou seu primeiro título mundial, em uma final histórica contra o lendário Kelly Slater, em 2014.
— Já me deu muita alegria esse mar. Faz parte, a gente tem que saber lidar com o mar. Infelizmente, a primeira bateria teve poucas ondas, mas faz parte do esporte. Fico feliz, porque dei meu melhor. Começou triste, mas terminou com final feliz, estou amarradão.
Bateria teve até aéreo
A bateria da da disputa pelo bronze começou com a liderança provisória do peruano, que alcançou a somatória de 12.43. Logo na primeira onda, Correia conseguiu um tubo apertado e recebeu um 6.83. Mas Medina, que em nenhum momento deixou seu adversário desgarrar na pontuação, respondeu já na sequência, e recebeu um 5.67.
Em 15 minutos de bateria, os dois surfaram seis ondas, um desempenho muito melhor do que o visto na semifinal, quando Medina e Robinson conseguiram pegar apenas quatro ondas durante todo o tempo de prova. As ondas não estavam com a mesma potência do cenário clássico de Teahupo'o, mas pelo menos ofereceram possibilidades para boas manobras e pequenos tubos.
Os torcedores podem ter ficado apreensivos quando, na metade da bateria, o peruano pegou mais um "mini" tubo. Mas, já na onda seguinte, Medina respondeu muito bem. Ele não conseuir sair limpo do tubo, mas explorou a onda até o final, com boas rasgadas. Assim conseguiu uma nota 7.5 e assumiu a liderança.
A partir daí, o brasileiro começou a desfilar seu talento. Na sequência, pegou mais um "mini" tubo e ainda emendou um aéreo, que não conseguiu completar. De qualquer forma, recebeu seu primeiro 7.77 e ficou mais confortável no placar.
Mesmo sem a prioridade, Medina seguiu explorando as ondas, ainda que pequenas, e, sempre com boas rasgadas, aumentou sua pontuação. Ao final, conseguiu mais um 7.77 e selou sua vitória.
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