As feridas da derrota para o sueco Truls Moregard ainda machucavam Hugo Calderano. Mesmo com 48h de descanso entre a semifinal e a disputa pelo bronze, o mesa-tenista brasileiro não conseguiu cicatrizá-las a tempo de encarar o atleta da casa, Felix Lebrun, que contava com uma arena lotada o apoiando. E os efeitos disso ficaram perceptíveis ao público nesse novo revés, deixando aquela sensação de que a conquista da inédita medalha nunca esteve tão perto.

Calderano não teve boa atuação diante do prodígio francês, de apenas 17 anos, e perdeu por 4 a 0 (11/6, 12/10, 11/7 e 11/6). A partida começou nervosa, com erros dos dois lados, mas Lebrun conseguiu entrar no jogo mais rápido que o brasileiro e já saiu na frente no marcador: 11/6.

A segunda parcial indicava uma história parecida, mas Calderano conseguiu reverter um 8/3 para 10/9. Porém, assim como havia ocorrido contra Moregard na semifinal, o brasileiro desperdiçou a oportunidade de fechar o set e viu o francês fazer 12/10. Depois, já com uma vantagem maior no placar, Lebrun não teve problemas em fechar o jogo com vitórias por 11/7 e 11/ nos sets finais.

Mesmo sem conquistar a medalha, o mesa-tenista brasileiro deixa Paris-2024 com marcas expressivas. Além de alcançar o melhor resultado de um latino-americano na história olímpica, superando o seu próprio resultado em Tóquio-2020, quando havia alcançado as quartas de final, Calderano se tornou o atleta do país com maior número de vitórias nos Jogos, superando Hugo Hoyama.

Com a eliminação na chave de simples, o brasileiro volta às suas atenções agora para a disputa por equipes, ao lado de Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro. Eles estreiam já nesta segunda-feira, 5, contra Portugal, a partir das 10h (horário de Brasília).