Para os amantes de tênis, Roland Garros não é somente um torneio. É também um momento de desfrutar dos maiores atletas da modalidade em uma quadra sagrada para o esporte. Neste ano, o Grand Slam francês terá um gosto a mais para os brasileiros: será a primeira vez, desde 1988, que o país será representado por pelo menos seis atletas nas chaves principais de simples (tanto no masculino quanto no feminino).

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Laura Pigossi, Felipe Meligeni, Gustavo Heide e Thiago Monteiro se classificaram para a chave principal ao passarem pelo qualifying — num aproveitamento de 100% dos brasileiros. Eles se juntam a Bia Haddad Maia e Thiago Wild, que já estavam garantidos.

— É algo com que sonho desde pequena. Depois do último ponto, tudo o que mais senti foi alívio porque um dos meus objetivos foi conquistado — disse Laura Pigossi ao site ge após vencer a romena Cristina Dinu por duplo 6/2 no último jogo do qualifying.

Número 119 do mundo, Laura Pigossi, bronze nas duplas em Tóquio-2020 será a primeira brasileira a entrar em quadra, hoje, às 7h15 (de Brasília), contra a ucraniana Marta Kostyuk, número 20 do ranking. A ESPN e a Star+ transmitem.

'Melhor momento'

Em 1988, o Brasil teve quatro representantes no feminino (Gisele Miró, Luciana Corsato, Niêge Dias e Patrícia Medrado) e três no masculino (Cássio Motta, Luiz Mattar e Marcelo Hennemann).

— Estamos vivendo o melhor momento do tênis brasileiro depois da era Guga . Nossos talentos estão conquistando resultados históricos e temos muita expectativa, pois a margem para crescimento é muito grande — diz Rafael Westrupp, presidente da Confederação Brasileira de Tênis.

Apesar do hiato de 36 anos entre as maiores participações em Roland Garros em quantidade de atletas, o Brasil já viveu grandes momentos no Grand Slam francês. Gustavo Kuerten, o Guga, por exemplo, conquistou três títulos no saibro (1997, 2000 e 2001). No ano passado, Bia Haddad Maia chegou à semifinal, quando foi eliminada pela polonesa Iga Swiatek, atual número 1 do mundo.