Em 2023, as jogadoras do Santos acusaram o técnico Kleiton Lima de assédio moral e sexual. As denúncias das sereias da vila foram feitas por meio de cartas manuscritas que chegaram documentadas ao presidente do Santos, Andres Rueda.

Na época, o então comandante entregou o cargo à diretoria ao saber do caso. No último dia 9, o clube o contratou novamente, mas a permanência dele não durou mais de uma semana. Em meio a protestos no futebol feminino contra o seu retorno, o treinador pediu demissão na última segunda-feira.

Os relatos tinham acusações de que Kleiton Lima falava termos sexuais nos treinos e usava roupas inapropriadas que marcavam, propositalmente, o órgão genital, o que causava constrangimento no elenco feminino. Houve também reclamações de "toque indevido" e cobranças excessivas por parte do treinador, com comentários sobre o corpo das jogadoras e pressão psicológica em quem estava lesionada.

Em consequência disso, algumas atletas passaram a ter crises de ansiedade, depressão e pensamentos suicidas por causa das atitudes do treinador no dia a dia de trabalho. Além de Kleiton, outros dois membros da comissão técnica estiveram envolvidos nas acusações. Um deles foi Júlio Resende, analista de desempenho.