Esportes
Justiça manda a júri popular flamenguista acusado de matar palmeirense
Jonathan Messias Santos da Silva teria arremessado a garrafa que matou a palmeirense Gabriela Anelli, durante uma briga de torcedores em julho de 2023; defesa nega
A Justiça enviou para júri popular Jonathan Messias Santos da Silva, flamenguista que é acusado de ter arremessado uma garrafa que resultou na morte da palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, em julho de 2023, em uma briga de torcedores antes da partido entre os dois times no Allianz Parque.
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Em decisão desta sexta-feira (23), a juíza Marcela Raia de Santana, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, pronunciou o réu e determinou que seu caso seja julgado pelo tribunal do júri pelo crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar), com as agravantes de motivo fútil e com recursos que dificultem a defesa da vítima. A juíza ainda negou a soltura de Jonathan, que está preso desde 25 de julho de 2023 e virou réu em agosto.
“O crime atribuído ao réu é grave, hediondo, cometido antes de uma partida de futebol, no contexto de briga entre torcidas rivais, o que evidencia o concreto potencial ofensivo do acusado. O modus operandi por ele adotado, consistente em arremessar, raivosamente, uma garrafa de vidro contra a torcida adversária sem se importar com a integridade física dos torcedores rivais, demonstra que possui personalidade violenta e deve ser segregado do meio social”, destacou a magistrada na decisão, acrescentando que após o jogo ele voltou para o Rio de Janeiro, onde morava, mesmo sabendo que estava sendo procurado pelo crime.
Gabriela morreu depois de ter sofrido um corte no pescoço provocado por estilhaços de uma garrafa arremessada durante o confronto entre as torcidas do Flamengo e do Palmeiras , em 8 de julho. A partir do cruzamento de imagens de vídeos feitos por torcedores com as gravações do sistema de reconhecimento facial do estádio, os investigadores da Polícia Civil de São Paulo concluíram que Jonathan foi a pessoa que arremessou o objeto.
Um outro investigado, Leonardo Felipe Xavier Santiago, chegou a ser preso no mesmo dia do crime. Entretanto, as investigações apontaram que não havia sido ele a atirar a garrafa que matou Gabriela, e ele foi solto por decisão judicial em 12 de julho.
Em nota, a defesa de Jonathan disse que a decisão de pronúncia "é completamente ilegal visto que destoa da realidade das provas produzidas". Segundo o advogado, não foi levado em conta um depoimento de um amigo da vítima que se encontrava no local, que teria declarado que Jonathan não foi o autor do crime.
"Vamos recorrer junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo para que a verdade prevaleça acerca da inocência do Jonathan. Infelizmente, a magistrada age de forma inquisitória no processo em desfavor do Jonathan, violando a plenitude de defesa, motivo pelo qual vamos impetrar um habeas corpus em face das nulidades ocorridas na audiência de instrução de julgamento ocorrida no dia 18 dezembro de 2023. Estamos aguardando ainda o Superior Tribunal de Justiça marcar a sessão de julgamento do habeas corpus já impetrado referente ao pedido de liberdade. A defesa técnica segue confiante e resiliente na inocência do Jonathan, uma vez que a acusação se baseia em um laudo pericial completamente distante e contraditório da realidade apontada pelos depoimentos em produzidos em juízo. Infelizmente, sabemos que o processo criminal busca um culpado, porém não será um inocente. Portanto, Jonathan é inocente e a verdade prevalecerá no final", destacou o advogado José Victor Moraes Barros.
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