Esportes

O.J.,Pistorius, Bruno: Além de Daniel Alves, veja outros atletas que já foram presos

Ex-lateral brasileiro foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estuprar uma mulher

Agência O Globo - GLOBO 23/02/2024
O.J.,Pistorius, Bruno: Além de Daniel Alves, veja outros atletas que já foram presos
Daniel Alves - Foto: Alberto Estevez/Pool via Reuters

Quinze dias depois do fim do julgamento, Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estuprar uma mulher no banheiro da boate Sutton, em dezembro de 2022. O brasileiro, que está preso desde janeiro do ano passado, no entanto, não é a primeira personalidade do esporte que já foi condenado e passou um tempo na cadeia.

O.J. Simpson

O primeiro caso mais famoso foi o do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson. O ex-astro dos Buffalo Bills foi declarado culpado por roubo, assalto, sequestro e outros delitos por emboscar, com outras cinco pessoas, dois colecionadores de objetos esportivos em um hotel-cassino em Las Vegas, em 2007.

O ex-atleta estava em liberdade condicional após ser libertado da prisão em 2017 pelo sequestro e assalto à mão armada. Sua liberdade condicional estava programada para terminar em 9 de fevereiro de 2022, mas Simpson foi beneficiado com uma dispensa da liberdade condicional antecipada e deixou

Simpson, no entanto, é lembrado mundialmente por sua polêmica absolvição, em 1995, no "julgamento do século". Ele foi acusado, em 1994, pelo assassinato de Nicole Brown, sua ex-mulher, e Ronald Goldman, que estava em sua companhia. Simpson acabou absolvido.

Goleiro Bruno

Dois anos depois, em 2010, foi a vez do goleiro Bruno, que atuava no Flamengo, na época, a ser preso. O ex-jogador se entregou à polícia no Rio de Janeiro após uma ordem de prisão temporária ter sido decretada contra ele, acusado de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio.

Em 2013, Bruno foi condenado a 23 anos e um mês por homicídio, ocultação de cadáver de Eliza Samudio e cárcere privado de seus filhos. Ele foi para o regime semi-aberto em 2018 e está em liberdade condicional desde janeiro de 2023. Inclusive, chegou a jogar futebol profissionalmente quando deixou a prisão.

Oscar Pistorius

Em fevereiro de 2013, o sul-africano Oscar Pistorius, dono de seis medalhas de ouro paralímpicas, matou a tiros a modelo Reeva Steenkamp, sua namorada, e foi preso. Pistorius matou a companheira com quatro tiros de pistola 9 mm em sua casa em Pretória, capital da África do Sul, e alegou ter a confundido com uma pessoa invadindo a casa.

O ex-atleta afirmou ter agido em legítima defesa e, no ano seguinte, foi condenado a cinco anos de prisão por homicídio culposo. Em 2016, um tribunal de apelação revisou a pena para seis anos. A procuradoria sul-africana considerou a punição "escandalosamente inadequada" e, em novo julgamento, desta vez em 2017, um tribunal determinou que Pistorius ficaria preso por 13 anos e cinco meses.

Em janeiro deste ano, Oscar Pistorius deixou a prisão após ficar quase nove anos detido. O ex-atleta ficará em liberdade condicional, segundo as autoridades da África do Sul. Ele foi admitido no sistema de correções comunitárias e já está em casa.

Daniel Alves

Acusado de estuprar uma mulher de 23 anos no banheiro de uma boate espanhola, em dezembro de 2022, o ex-jogador Daniel Alves foi sentenciado e condenado a 4 anos e meio de prisão. A sentença foi anunciada pelo tribunal de Barcelona na manhã da última quinta-feira, mas a defesa de Alves informou que vai recorrer da decisão.

O tribunal considerou provado que “o arguido agarrou abruptamente a denunciante, atirou-a ao chão e, impedindo-a de se mexer, penetrou-a pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora”. O colegiado de juízes destacou ainda que “isto obedece ao tipo de ausência de consentimento, ao uso da violência e ao acesso carnal”.

A Justiça espanhola aplicou à pena do jogador uma atenuante de reparação de danos porque, "antes do julgamento, a defesa depositou na conta do tribunal o montante de 150 mil euros (R$ 798 mil, na cotação atual) para que pudesse ser entregue à vítima independentemente do resultado do processo".