Condenado a quatro anos e seis meses pelo estupro de uma mulher em uma boate de Barcelona, o ex-jogador Daniel Alves recebe valores mensais correspondentes a uma dívida de R$ 20 milhões do São Paulo Futebol Clube. O valor das parcelas foi acordado quando Alves deixou o SPFC em 2021.

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Atualmente, o clube paga de forma regular R$ 450 mil ao ex-jogador. A dívida deve ser abatida em 60 parcelas, logo, Daniel Alves deverá receber o valor total em 2026, quando possivelmente ainda estará preso.

O São Paulo teria tentado seguir possíveis brechas no acordo para se distanciar da imagem de Daniel após a acusação. No entanto, segundo o Terra, não há essa possibilidade, visto que a acusação ocorreu quando Daniel já havia deixado o time paulista, ou seja, a retórica de que o crime "prejudica a imagem do clube" não seria necessariamente validada.

Relembre o caso e os detalhes do julgamento

Apesar do Ministério Público da Espanha tentar a condenação máxima de nove anos para o ex-jogador, ele conseguiu reduzir a pena pela metade com um atenuante de reparação de danos porque, "antes do julgamento, a defesa depositou na conta do tribunal o montante de 150 mil euros (R$ 798 mil, na cotação atual) para que pudesse ser entregue à vítima independentemente do resultado do processo".

Esses 150 mil euros foram doados a Daniel Alves pelo amigo de longa data, Neymar, e parentes do camisa 10 da seleção. Neymar da Silva Santos, o pai do atacante do Al-Hilal, da Arábia Saudita, transferiu dinheiro para auxiliar o ex-lateral do Barcelona e da seleção brasileira, conforme revelou o Uol em janeiro. A informação foi confirmada por Neymar Pai, pouco depois da publicação da reportagem.

Sem acesso aos seus bens desde que foi preso, Daniel Alves recorreu à ajuda financeira e jurídica de Neymar e família. A reportagem do Uol informou que o valor cedido pela família do atacante foi utilizado para depositar os 150 mil euros à Justiça espanhola, com o objetivo de argumentar pela redução da pena de Daniel, em caso de condenação.