Esportes
Acusado de manipulação de resultados e ameaças, Eto'o pede demissão da chefia da federação de Camarões, mas saída é vetada
Infrações estariam ocorrendo desde que ele assumiu o comando da entidade, de acordo com reportagem do The Athletic
Ídolo do futebol camaronês, Samuel Eto’o apresentou um pedido de demissão do posto de presidente da federação de futebol do país (Fecafoot), depois de ser acusado de manipulação de resultados, ameaças físicas e incitação à violência. A solicitação, no entanto, foi rechaçada pelos executivos da federação.
Kleber Gladiador: por onde anda ex-jogador que processa colegas do São Paulo após ter sido chamado de 'bandido' em podcast
Agressão contra torcedor: defesa de Braz diz que imagens de briga no shopping confirmam versão do VP do Flamengo
Segundo o jornal The Athletic, arquivos que comprovariam as ilegalidades foram enviados ao Comitê de Ética da FIFA em julho pelo ex-vice-presidente da Fecafoot, Henry Njalla Quan Junior, material que também está sendo investigado pela Confederação Africana de Futebol.
De acordo com a publicação, um dos episódios foi “o mais escandaloso da história da humanidade”, quando, no intervalo de uma partida do campeonato local, "um telefone foi colocado no alto-falante para que os árbitros pudessem receber instruções diretas do próprio Eto'o”, como denunciou Quan Junior.
Em outra partida polêmica, um time “recebeu cinco cartões vermelhos (três para jogadores e dois para membros da comissão técnica) e quatro amarelos”. O adversário teve “duas penalidades questionáveis” a seu favor, com a primeira delas tendo de ser cobrada novamente “devido à aparente invasão” após o goleiro ter feito a defesa.
Procurada pelo Athletic, a Fifa não quis comentar se investiga o caso. A defesa de Eto'o e o próprio jogador não responderam aos questionamentos da publicação, sendo que, em outra oportunidade, “já negaram as acusações, chamando-as de ‘rumores caluniosos’”.
O ex-jogador já havia sido condenado a 22 meses de prisão por quatro crimes de fraude fiscal na Espanha em junho do ano passado. Ao lado de seu ex-empresário, José María Mesalles, ele é condenado por declarar indevidamente 3,8 milhões de euros oriundos de operações sobre os direitos de imagem para a marca Puma e o Barcelona entre os anos de 2006 e 2009.
'Condição de testemunha': advogado de jogador sub-20 do Corinthians nega que ele seja investigado por morte de mulher
Conforme o Ministério Público, o ex-atacante devia ter declarado o valor em seu imposto de renda pessoal, mas o fez por meio de duas empresas, dando início a um julgamento que se estendeu por anos. Mesalles preferiu não depor antes de admitir os fatos. O administrador de uma das empresas usadas na fraude, Jesús Lastre, foi absolvido.
Eto'o foi obrigado a pagar quatro multas com valor total de 1,8 milhões de euros. Mesalles também terá de pagar o mesmo número de multas, mas no total de 905 mil euros.
Mais lidas
-
1TECNOLOGIA MILITAR
Revista americana destaca caças russos de 4ª geração com empuxo vetorado
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3TENSÃO INTERNACIONAL
Confisco de ativos russos pode acelerar declínio da União Europeia, alerta jornalista britânico
-
4DIREITOS TRABALHISTAS
Segunda parcela do décimo terceiro será antecipada: veja quando cai o pagamento
-
5CIÊNCIA E TERRA
Núcleo interno da Terra pode ter estrutura em camadas semelhante à de uma cebola, aponta estudo