Ao final do primeiro dia de julgamento do caso Daniel Alves, Esther García, advogada da vítima, falou rapidamente com a imprensa presente no Tribunal de Barcelona, na Espanha. Ela elogiou a sua cliente pela coragem "de chegar até aqui” com o processo e aproveitou para explicar que um possível acordo com o jogador brasileiro não se concretizou devido às divergências com a pena que foi proposta

De acordo com a imprensa espanhola, o acordo proposto pela defesa de Daniel Alves era de quatro anos de prisão — um já cumprido —, além de uma indenização significativa, no qual o valor não foi revelado. Por sua vez, o brasileiro assumir a culpa pelo crime cometido era uma das condições indispensáveis.

Em novembro do ano passado, a advogada já havia recusado uma possível indenização e afirmou que "qualquer delito contra a liberdade sexual torna os danos morais e as sequelas irreparáveis". Rejeitada a possibilidade de acordo, a sentença de Daniel Alves ficará nas mãos da Justiça Espanhola, que não deu prazo para anunciar a sentença.

A advogada da mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual na boarte Sutton, em dezembro de 2022, enviou à Justiça Espanhola um pedido de 12 anos de prisão ao jogador, em caso de condenação. Essa é a pena máxima para crimes de estupro no país.

Contudo, segundo o Ministério Público, os fatos correspondem a um alegado crime de “agressão sexual com penetração”, pelo qual são pedidos nove anos de prisão para Daniel Alves, além de uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil) para a mulher e mais uma década de liberdade supervisionada após o cumprimento da pena.

Segundo dia de julgamento