Assim que começou o julgamento de Daniel Alves, acusado de agressão sexual contra uma mulher, a defesa do jogador pediu para que ele prestasse depoimento somente no fim das sessões. A juíza Isabel Delgado Pérez aceitou o pedido realizado nesta segunda-feira e a expectativa é que o brasileiro só fale na próxima quarta, data prevista para o fim do julgamento.

Portanto, o jogador brasileiro, que compareceu sem algemas no primeiro dia das audiências, vai se defender depois de a vítima, testemunhas, peritos e outros profissionais terem sido escutados. Para esta segunda, estão previstos os depoimentos da vítima do jogador, uma amiga e uma familiar da denunciante.

Inés Guardiola, advogada de Daniel Alves, também chegou a pedir a suspensão do julgamento oral. Para isso, ela trouxe diferentes pontos na argumentação, como um período inicial de investigações sem o conhecimento do jogador e a não aceitação do juiz de instrução para que um segundo perito examinasse a denunciante.

A advogada contratada por Daniel Alves também reclamou de um "julgamento paralelo" na imprensa que teria contaminado o magistrado, e garantiu uma situação econômica preocupante do lateral-direito, incluindo uma dívida de meio milhão de euros (R$ 2,7 milhões) com a Fazenda da Espanha, além de uma conta no país com 50 mil euros (R$ 267 mil) e outra com saldo negativo de 20 mil euros (R$ 107 mil).