Esportes
Dorival Júnior, novo técnico do Brasil: 'Não é a seleção do Dorival, é a seleção do povo brasileiro'
Treinador convoca o torcedor a se reaproximar do time nacional e mais vontade dos convocados
O técnico Dorival Júnior foi apresentado nesta quinta-feira como o novo técnico da seleção brasileira na sede da CBF, e será o treinador do Brasil até após a Copa de 2026. O contrato foi assinado ao lado do presidente da entidade Ednaldo Rodrigues.
Em seu primeiro discurso, o treinador fez uma ode à seleção brasileira e um pedido de resgate da excelência e do torcedor.
—A primeira convocação é o torcedor brasileiro. Para que passe a viver um pouco mais a seleção, passe a confiar mais na seleção. Peço que o torcedor volte a participar do dia a dia da nossa seleção, que a vivencie como sempre foi. Convoco também a todos os profissionais envolvidos com o futebol, o futebol brasileiro precisa de vocês. Não tem isso de seleção do Felipão, do Tite, do Diniz. Não é assim. Comigo não é a seleção do Dorival, é a seleção do povo brasileiro — disse.
Mais do que mudanças dentro de campo, Dorival destacou a importância de uma nova postura de quem vestir a camisa da seleção brasileira.
— O jogador tem que entender que é uma camisa muito pesada, é uma referência no mundo todo. Se não estamos numa posição adequada para a classificação à Copa, vamos trabalhar para reverter rapidamente isso. Vamos buscar o caminho que a seleção brasileira sempre teve. Um futebol vistoso, bem jogado, mas sobretudo efetivo. Termos que voltar a protagonizar grandes jogos, temos qualidade, capacidade e potencial para isso. Mas é preciso entender um pouco mais o que representa a seleção — argumentou Dorival, fazendo menção a Zagallo. — A lição que Zagallo nos deixou tem que ficar guardada para o resto da vida. Tudo o que ele conquistou e a referência que ele é que mostra que não pode deixar de ter gana, vontade de ganhar a todo tempo.
Confira outros pontos da entrevista
Reaproveitar os outros trabalhos
Tudo pode ser aproveitado. Acredito que uma reciclagem ela acabe acontecendo e proporcionando dificuldades um pouco maiores. Finalizamos uma Copa e logo em seguida iniciamos uma preparação para um momento seguinte. É natural que dificuldades nós teríamos, não imaginávamos que encontraríamos tanta. Mas não quer dizer que não possamos buscar algo diferente. O futebol não muda, o futebol não altera, os comportamentos precisam ser repetidos. É muito diferente de um clube, em que você joga hoje e amanhã já se reapresenta já buscando correções de erros, melhorando. Numa seleção você se apresenta pra jogar e de repente terá dois dias de jogos e talvez cinco ou seis de treinamentos. Todos encontram um caminho e nós temos que encontrar também. Nós precisamos acelerar esse processo, esse é o grande desafio. buscar rapidamente uma equipe novamente confiável, que passe segurança em relação ao que vinha acontecendo até então.
Jogadores veteranos
Pode ter treinador que tenha revelado mais jogadores, muito difícil que tenha o número de atletas que dei oportunidade ao lomgo da carreira. Um exemplo é o Filipe Luís no Figueirense. Sempre contei com a mescla, é necessário para a competitividade da equipe ser mantida. Se o Thiago (Silva) estiver bem, ele terá oportunidade. O ciclo se encerra no momento em que outro esteja bem melhor. Temos que ter equilíbrio e consciência. Vamos buscar os melhores do momento. Vou errar, mas vou trazer aqueles que estejam em melhores condições.
Sistema de jogo: Diniz ou Ancelotti?
Eu sempre me adaptei à equipe. Nunca cheguei com sistema estabelecido. Com as características de cada jogador, crio o sistema. Não me pego a números. Isso é balela. O equilíbrio é fundamental. Temos que defender e atacar com o maior número de jogadores. Se vamos conseguir fazer rápido, não dá para falar. É muito difícil falar do sistema que o Fernando (Diniz) usa e o Ancelotti usa porque eles desenvolvem em clubes. Na seleção, é um pouco diferente, vamos buscar nomes para que na prática rapidamente dê resultado.
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