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Zagallo se casou em 1955 com responsável pela sua superstição com o número 13
Alcina de Castro Zagallo teve quatro filhos com o Velho Lobo e morreu em 2012, com insuficiência respiratória
Mário Jorge Lobo Zagallo morreu na última sexta-feira, aos 92 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, e deixou quatro filhos — Maria Emilia de Castro Zagallo, Maria Cristina de Castro Zagallo, Mário César Zagallo e Paulo Jorge de Castro Zagallo —, frutos de um casamento que durou 57 anos.
Zagallo foi casado com Alcina de Castro Zagallo, com quem conheceu no bairro da Tijuca, quando Velho Lobo atuava no América. Chamada pelo ex-treinador carinhosamente de Nina, Alcina era professora e foi responsável pela superstição do tetracampeão do Mundo com o número 13.
A união chegou ao fim em 2012, quando Alcina morreu aos 80 anos após uma internação de dois meses na Casa de Saúde São José, no Humaitá, com insuficiência respiratória. Dona Alcina, como era conhecida, e Zagallo se casaram na Igreja dos Capuchinhos em 13 de janeiro de 1955.
Muito religiosa, Dona Alcina era devota de Santo Antônio e a principal responsável pela devoção do marido ao número 13, já que é em 13 de junho que se comemora o dia de Santo Antônio. Zagallo já era devoto de Nossa Senhora de Fátima, que apareceu para três crianças em Fátima, Portugal, também num dia 13, em maio.
Símbolo de amor pela seleção brasileira e pelo Brasil, como definiu o presidente Lula em sua homenagem no X, antigo Twitter, Zagallo também ficou conhecido pela sua história de amor com sua esposa e seu longo casamento. Em uma entrevista para a escritora e jornalista brasileira Clarice Lispector, o Velho Lobo definiu o amor como "um sentimento recíproco”.
Clarice Lispector teve a honra de entrevistar Zagallo em 1970, ano do tricampeonato Mundial do Brasil, e uma das perguntas foi sobre o amor. Ela quis saber do técnico nada menos que a definição dele para o sentimento.
Aparentemente surpreso, o Velho Lobo levou um tempo para encontrar a resposta, o que fez com que Clarice refletisse: “é provável que ele, como a maioria das pessoas, nunca tenha parado o movimento da vida para reflexionar sobre a vida, e sobretudo para se fazer essa pergunta capital”. “É um sentimento recíproco”, concluiu Zagallo.
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