Esportes
'Lenda' e 'carreira notável': morte de Gil de Ferran repercute na imprensa internacional
Bicampeão da Fórmula Indy e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, ex-piloto foi vítima de uma parada cardíaca
Morreu nesta sexta-feira Gil de Ferran, lenda do automobilismo brasileiro. Bicampeão da Fórmula Indy (à época com nome de Cart), em 2000 e 2001, e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 2003, o ex-piloto foi vítima de uma parada cardíaca aos 56 anos. A partida precoce do ex-piloto foi destaque em publicações esportivas em todo o mundo.
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O site da Fórmula 1 foi um dos primeiros a lamentar o ocorrido. Na nota, a organização destaca a fala do seu presidente e CEO, Stefano Domenicali, que afirmou estar "muito chocado e profundamente triste com a notícia". A britânica BBC lembra que Ferran teve papel de destaque "no retorno da McLaren do ponto mais baixo de sua história em 2018 para terminar em terceiro no campeonato de construtores em 2020".
O também britânico The Guardian lembra que Ferran não chegou a correr na Fórmula 1, "mas construiu carreira nos Estados Unidos, [...] conquistando sucessivos títulos da Cart em 2000 e 2001, e vencendo a Indy 500 pela Penske".
"Era admirado como piloto e como personagem atencioso, pessoal e envolvente. Ele fez seu nome correndo na Grã-Bretanha em monopostos, competindo na Fórmula Ford, Opel Lotus e depois na Fórmula Três. Na F3, ele ficou em terceiro, atrás de Rubens Barrichello e David Coulthard – que ingressaram na F1 – em 1991 e conquistou o título no ano seguinte com a Paul Stewart Racing", destaca a publicação.
O portal especializado em automobilismo Motorsport classifica o brasileiro como uma "lenda", destacando que foi nos Estados Unidos onde Ferran teria uma "carreira notável". "De Ferran também detém o recorde de velocidade de qualificação em circuito fechado mais rápida de todos os tempos em seu Penske IndyCar, rodando no California Speedway a 241,428 mph (388,5 km/h) em outubro de 2000", lembra a publicação.
O argentino La Nacion destaca a homenagem feita pela McLaren ao piloto, afirmando que ele "tinha uma força formidável dentro e fora da pista e teve um impacto duradouro em todos os que correram e trabalharam ao seu lado".
Morte precoce
Os problemas de saúde que vitimaram Gil começaram entre 14h e 15h da Flórida (17h e 18h do horário de Brasília). Gil estava no estado americano guiando um carro no Concours Club, uma pista privada que fica a 25 minutos do centro de Miami. Ele estava acompanhado do filho Luc e do amigo e piloto de GT, Ozz Negri.
Ao todo, o brasileiro acumulou 12 vitórias e 21 poles na Cart/Indy, onde correu por nove temporadas (de 1995 a 2003). O auge da sua carreira foi na reta final, entre 2000 e 2003, quando pilotou pela Penske. Desde 2018, o brasileiro trabalhava na McLaren, na Fórmula 1. Ele chegou a ser diretor esportivo da escuderia e, em 2023, atuava como consultor.
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