Esportes
Estrondos e quebra de vidros: Torcida do Boca é acusada de atacar sede do MPF na Argentina; vídeo
Autoridades indicam que prédio abriga promotoria que investiga associação ilícita e revenda de ingressos no clube
Uma sede do Ministério Público Fiscal (MPF) da cidade de Buenos Aires, na Argentina, foi atacada neste domingo por torcedores do Boca Juniors. Três andares do órgão da Justiça amanheceram com vidros quebrados, e agora uma investigação está em curso. Filmagens e depoimentos coletados apontam para torcedores do time.
Segundo informações iniciais do MPF, torcedores do Boca Juniors teriam atacado a sede antes do Superclássico contra o River Plate. “No prédio atacado funciona a promotoria especializada sob responsabilidade de Celsa Ramírez, que investiga uma associação ilícita e a revenda de ingressos no clube”, explicaram as fontes judiciais.
Trata-se de várias investigações em curso sobre irregularidades na venda de ingressos para jogos do Boca. Os sócios denunciam que é “impossível” adquirir ingressos sem a revenda e que há cumplicidade do clube. Fontes que conseguiram seguir o percurso da caravana até as imediações do estádio disseram que “houve vandalismo”.
— O caminhão foi identificado, e os agressores estão sendo identificados — completaram as fontes judiciais ao “La Nación”.
Fontes do Ministério de Segurança da cidade também apontaram que tudo começou quando simpatizantes do Boca realizavam uma “caravana de veículos” enquanto soltavam fogos de artifício. “Os estrondos provocaram a quebra dos vidros do prédio e danos na fachada do Ministério Público Fiscal”, afirmaram.
Durante a caravana, também foi afetado o capô de um veículo policial, devido à queda de fragmentos de vidro. Este incidente ocorreu antes do confronto entre Boca e River, que se enfrentam nesta tarde na Bombonera pela sétima rodada da Copa da Liga Profissional, na qual cada clube disputa seu clássico.
‘Um ato intimidatório’
Para o procurador Juan Bautista Mahiques, a ação pode ser classificada como “um ato intimidatório no meio de uma investigação” que não será abandonada. Ele afirmou, ainda, que o caso é “alarmante”, e que vem “denunciando sistematicamente a violência exercida contra magistrados judiciais e promotores especificamente”.
— Milagrosamente, não houve feridos. Nestes escritórios costuma haver muito mais gente, mas aos domingos as equipes são um pouco mais reduzidas. Poderia ter ocorrido um incêndio, se um desses projéteis tivesse acendido. Seria uma catástrofe. É inadmissível que tenhamos de sofrer esse tipo de atropelo toda vez que investigamos associações ilícitas e crime organizado.
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