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Técnico, político, empresário: por onde andam os jogadores vice-campeões com o Fluminense na Libertadores de 2008

Entre aposentados e atletas ainda em atividade, geração que ficou no "quase" há 15 anos representa lembranças marcantes para a torcida tricolor

Agência O Globo - EXTRA 31/08/2023
Técnico, político, empresário: por onde andam os jogadores vice-campeões com o Fluminense na Libertadores de 2008
Fluminense - Foto: Instagram - @fluminensefc

Há pouco mais de 15 anos, em 2 de julho de 2008, o Fluminense perdia nos pênaltis para a LDU diante de um Maracanã lotado com mais de 78 mil torcedores e via o título inédito da Libertadores escapar pelas mãos. Nesta quinta-feira, o clube enfrenta o Olimpia, em Assunção, e pode até perder por um gol de diferença para avançar sem precisar passar pelas tão temidas penalidades, que despertam gatilhos nos torcedores. Em 2008, após marcar três vezes na partida, Thiago Neves desperdiçou a cobrança, bem como Conca e Washington, que também pararam nas mãos do goleiro Cevallos, herói do título equatoriano. Veja onde estão os jogadores da campanha histórica do vice-campeonato.

Sem clube desde 2021, quando deixou o Sport após passagens pelo Cruzeiro, Grêmio e Al Hilal, Thiago Neves recentemente foi anunciado pelo Resenha FC, que disputa torneios de futebol de 7. Aos 38 anos, o jogador já falou sobre a vontade de se aposentar pelo Fluminense, mas, até o momento, ele não faz parte dos planos do clube para o futuro. Seu xará, Thiago Silva, ainda está em atuação e também não descarta uma volta ao tricolor, mas tem contrato com o Chelsea até o final da temporada de 2023/24. Depois de deixar o Rio, o zagueiro teve passagens pelo Milan e pelo PSG, antes de acertar com o clube inglês.

Ao lado do zagueiro, outros dois jogadores ainda estão em atividade: o goleiro Fernando Henrique, que deixou o Fluminense em 2010 e teve passagens por Ceará, Remo e Santo André até se estabelecer na Portuguesa-SP, onde joga atualmente. Aos 34 anos, o meia Maurício saiu do clube em 2010 e fez carreira na Europa. Ele jogou na Rússia e na Grécia, mas hoje defende as cores do Portimonense, de Portugal.

O argentino Darío Conca, único estrangeiro do elenco, foi o segundo a desperdiçar a cobrança de pênalti no Maracanã. Depois do Fluminense, ele foi jogar na China, e vestiu a camisa do Guangzhou e do Shanghai antes de voltar para o Brasil, quando vestiu a camisa do Flamengo. Mas encerrou a carreira nos EUA, em 2019, no Austin Bold. Neste ano, ele se juntou a um grupo de empresários que tentaram adquirir o departamento de futebol do Friburguense, mas o negócio não avançou.

Quem errou a última e decisiva cobrança foi Washington, o "Coração Valente". Ele foi o único da geração a se aposentar vestindo a camisa do tricolor, em 2010, após o título brasileiro e rápida passagem pelo São Paulo. Depois do futebol, ele se dedicou a política: foi vereador em Caxias do Sul, secretário municipal da cidade e também assumiu como suplente o mandato de deputado federal pelo PDT entre 2014 e 2018. Em 2022, ele tentou a reeleição, mas não teve quantidade de votos suficientes. Hoje, ele é CEO do Confiança, do Sergipe.

Na decisão, só quem acertou o pênalti foi Cícero, que marcou o gol de honra do Fluminense na decisão que terminou em 3 a 1 para os equatorianos. Depois da Libertadores, ele teve uma carreira internacional, atuando na Alemanha e no Catar, antes de voltar para o Brasil em 2013, no Santos. Ele disputou mais uma temporada pelo Fluminense, mas se aposentou no Botafogo, em 2020.

O "artilheiro dos gols bonitos", Dodô trocou o Fluminense pelo Vasco em 2010 e não conseguiu dar prosseguimento à carreira depois de ser pego no exame antidoping, quando ainda jogava pelo Botafogo e recebeu suspensão de dois anos do futebol. Ele se aposentou depois de passar por clubes menores no time Barra da Tijuca, em 2013.

Na lateral esquerda, Roger Machado entrou no segundo tempo da prorrogação, e não chegou a ter a chance de cobrar as penalidades. Ele se aposentou no mesmo ano, e seguiu carreira como treinador de futebol. O ex-jogador já esteve à frente do Fluminense, Palmeiras e Atlético-MG, mas seu principal trabalho foi no Grêmio. Na segunda passagem pelo clube, no ano passado, fez boa campanha na Série B, mas foi demitido e substituído por Renato Gaúcho — treinador do Fluminense em 2008. Hoje, Renato comanda o tricolor gaúcho pela quarta vez, e acumula experiências como técnico do Vasco, Flamengo, Bahia e Athletico no currículo.

O zagueiro Gabriel teve carreira internacional após deixar o Fluminense, em 2008. Ele foi contratado pelo Panathinaikos, da Grécia, mas pendurou as chuteiras em 2017 jogando nos EUA, no Miami Dade. Já Luiz Alberto e Júnios Cesar, também defensores, tiveram uma trajetória menos estrelada, se aposentando, no Tupy, de Vila Velha-ES, e no Cliper, de Manaus-AM, em 2017 e 2019, respectivamente.

O meia Ygor rodou bem pelo Brasil, e vestiu a camisa de Internacional, Náutico e Goiás até encerrar a carreira na Portuguesa-RJ, em 2018. Um caminho parecido teve Arouca, que passou pelo Palmeiras, Santos e São Paulo, se aposentando no Figueirense em 2020.