Esportes

De Rochet a Valencia, os perigos que o Internacional oferece ao Fluminense caso avance à semifinal da Libertadores

Time gaúcho chega à fase decisiva com engrenagem eficiente na frente e um paredão uruguaio atrás

Agência O Globo - EXTRA 30/08/2023
De Rochet a Valencia, os perigos que o Internacional oferece ao Fluminense caso avance à semifinal da Libertadores
Fluminense - Foto: Instagram - @fluminensefc

O Fluminense ainda precisa confirmar sua classificação para as semifinais da Libertadores. Nesta quinta, em Assunção, faz o segundo jogo do duelo contra o Olimpia (vence o confronto por 2 a 0). Mas já sabe quem enfrentará caso avance para a próxima fase: o Internacional, que voltou a derrotar o Bolivar (2 a 0), desta vez no Beira-Rio. Um triunfo que mostrou os trunfos da equipe gaúcha e serve para os tricolores tirarem lições.

A cada partida na Libertadores, competição que transformou em prioridade, o Internacional ganha musculatura. E não há como apontar Enner Valencia como sua principal força. O equatoriano, que estreou em julho, já se mostra muito adaptado ao time. Contra o Bolivar, seu senso de posicionamento na área para fugir da marcação rendeu o primeiro gol da equipe, um dos dois marcados por ele.

A inteligência do atacante vai além. Ele mostrou capacidade de identificar que marcador tinha mais dificuldade para marcá-lo e explorou esta fragilidade. O argentino Ferreyra sofreu com as investidas do equatoriano.

Para completar, ainda esbanjou (mais uma vez) capacidade de finalização, como pode ser visto no chute preciso que resultou no segundo gol colorado. Das quatro finalizações dele na partida, três foram na direção do gol (duas entraram). Apenas uma foi para fora.

Atrás, outro homem que vem fazendo a diferença para o Internacional mesmo tendo estreado há pouco mais de um mês. O goleiro Rossi consegue passar segurança aos homens de zaga com muita segurança debaixo da meta colorada. No jogo desta terça, o uruguaio fez quatro defesas. Mas foi a do pênalti, sem sequer dar rebote, que lhe rendeu holofotes.

Mas sua trajetória na Libertadores já fala por si só. Na semana passada, foi mais exigido. E, com cinco defesas, segurou o Bolivar na altitude de La Paz. Nos confrontos com o River Plate, brilhou nos dois jogos e ainda converteu a cobrança decisiva.

Mas, claro, a força do Internacional não se resume a estes dois jogadores. Apesar do pouco tempo no comando Eduardo Coudet já encontrou um esquema com opções. Ataca tanto com uma linha de cinco na frente (nesta terça ela foi formada por Wanderson e Bustos abertos pelas pontas, e Alan Patrick, Maurício e Valencia) quanto em velocidade. Neste caso, com menos homens na frente, mas com troca de passes rápidos e verticais.

Para esta engrenagem funcionar, uma peça que tem sido fundamental é Alan Patrick. O camisa 10 vive grande fase com leitura de jogo precisa e conseguindo executar a maioria das ideias, como o passe para Valencia no segundo gol. Sem a bola, também sabe ser importante. Na jogada do primeiro gol, acompanhou Wanderson mais aberto pela esquerda e, só por isso, deixou o marcador confuso.

Pelos lados, Bustos chega com passes qualificados e faz boa tabela com Maurício. Mas são as investidas de Wanderson as mais perigosas. Jogador agudo e de bom drible, ele tem crescido sob o comando de Coudet.

Essa tropa de frente ainda conta com o suporte de Jhonny e Aranguiz, mais atrás. A dupla, com destaque para o chileno, faz uma saída de bola qualificada para o Internacional.