Quando Emerson Fittipaldi conquistou seu primeiro título na Fórmula 1, há 50 anos, ele talvez não soubesse que estaria inaugurando uma nova era no esporte brasileiro. Desde então, a modalidade se popularizou no país e milhares de pessoas tentaram seguir os passos de Emmo — algumas delas, como Nelson Piquet e Ayrton Senna, tiveram sucesso. Aliás, os fãs da F1 podem clicar aqui para ver como fazer suas apostas na temporada 2022, que vem mostrando superioridade da Red Bull e de seus pilotos, Verstappen e Pérez.

Para chegar à modalidade mais prestigiosa dos esportes a motor, Emerson Fittipaldi precisou superar desafios imensos. Afinal, o esporte não era tão popular no Brasil e viver na Europa em busca do sonho de tornar-se um piloto de F1 era uma aventura bastante cara. Não bastasse isso, nos anos 70, o esporte era extremamente perigoso e vários competidores morriam em graves acidentes durante treinos e corridas.

Ao longo dos anos 70, o mundo da Fórmula 1 testemunhou a morte de dez pilotos, além de diversos acidentes quase fatais, como o que deixou graves sequelas no lendário Niki Lauda, que teve o corpo queimado após uma colisão, em 1976.

Não eram simples os obstáculos que um piloto tinha que enfrentar naquela época, mas Fittipaldi conseguiu superá-los e tornar-se bicampeão da Fórmula 1, vencendo as temporadas 1972 e 1974. O brasileiro, filho de um locutor esportivo de ascendência italiana e de uma imigrante russa, ainda criou a primeira equipe brasileira da F1: a Copersucar-Fittipaldi.

A iniciativa acabou se mostrando inviável, devido às dificuldades burocráticas de se empreender no Brasil, mas também por problemas de gestão e, ao fim, o projeto foi abandonado. Muitos especialistas acreditam que Fittipaldi ainda teria vencido outras temporadas se tivesse permanecido na McLaren, em vez de lançar sua própria escuderia.

De todo modo, a trajetória de Emmo nos esportes a motor foi muito bem-sucedida. E ela não se resume apenas à F1, afinal, ele ainda seria vitorioso nos Estados Unidos. Lá, o brasileiro venceu duas vezes as 500 Milhas de Indianápolis  (1989 e 1993) e a temporada de 1989 da Fórmula Indy.

O próprio Nelson Piquet já afirmou que Fittipaldi é o piloto brasileiro mais importante da história. E não é para menos, afinal, se o caminho de qualquer piloto até um título de Fórmula 1 é uma verdadeira batalha, imagine para o pioneiro. O mérito de ter sido o desbravador ninguém tira de Emmo. Mas seu talento foi muito além disso – ele provou nas pistas que é um dos maiores competidores de esportes a motor de todos os tempos.