Economia
Lide/Roberto Giannetti: desejo do setor privado é contribuir para revisão e redução de tarifas
O head de Comércio Exterior do Lide, Roberto Giannetti, afirmou que o setor privado brasileiro está se mobilizando para apresentar ao governo brasileiro propostas concretas que possam embasar as negociações com os Estados Unidos e evitar o agravamento do chamado "tarifaço" anunciado pelo presidente Donald Trump.
Segundo Giannetti, a intenção do encontro promovido pelo Lide na manhã desta sexta-feira, 18, foi construir uma "agenda positiva", reunindo representantes de diferentes setores produtivos para levar sugestões práticas e dialogar sobre os prejuízos já percebidos.
Participaram da reunião empresários e líderes de diversos setores, como Henrique Meirelles (ex-ministro e ex-BC), Caio Megale (XP), Luiz Fernando Furlan (BRF), Nayana Rizzo (AWS), Fernando de Paula (McDonalds), Rodrigo Simonato (Tereos), Guilherme Bastos (FGV), Haroldo Silva (Abit), José Velloso (Abimaq), Tirso Meirelles (Sebrae), Julio Serson (Grupo Vila Rica), Marcos Gouvêa de Soauza (Gouvea Ecosystem), Roberto Paranhos (Índia Chamber), Heleno Torres (ADV), João Doria (Lide), João Doria Neto (Lide) e Juliana Villano (Embraer).
"Nessa negociação, nós vemos que há uma perda para os dois lados. Tanto o lado americano como o lado brasileiro terão prejuízos bastante representativos por conta do tarifário, e terão mais ainda se houver uma retaliação", afirmou Giannetti.
O executivo também destacou que a estratégia do Lide é buscar "integração de cadeias produtivas" e um ambiente mais seguro para investimentos bilaterais, evitando uma escalada de medidas protecionistas.
"Trazendo à mesa propostas concretas e efetivas, que tragam benefícios para os dois lados, podemos criar uma justificativa econômica e política para que essas tarifas impostas pelo governo americano sejam revistas", disse.
Giannetti ressaltou que "milhares de empresas brasileiras e americanas operam em ambos os mercados" e que um aumento de tarifas afetaria um relacionamento comercial construído ao longo de décadas.
"Queremos previsibilidade, segurança e integração econômica com a maior economia do mundo. Esse tarifaço prejudicaria tremendamente o trabalho que vem sendo construído há anos", concluiu, reforçando que o setor privado pretende contribuir para uma revisão construtiva e não para a retaliação.
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