Economia
Moedas Globais: dólar avança com investida tarifária de Trump contra a UE e o México
O dólar operou em uma alta de quase três semanas ante pares nesta segunda-feira, 14, após o presidente americano, Donald Trump, aumentar sua investida tarifária, dessa vez prometendo uma tarifa de 30% à União Europeia e o México a partir de 1º de agosto.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,23%, a 98,081 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), o dólar subia a 147,75 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1670 e a libra cedia a US$ 1,3428. A divisa americana também avançava a 1.279,1695 pesos argentinos, em meio às incertezas sobre a agenda econômica do presidente da Argentina, Javier Milei, após a derrota do governo em projeto de aposentadoria no Senado semana passada.
Hoje, o principal negociador comercial da UE, Maros Sefcovic, disse que pretendia falar novamente com seus colegas norte-americanos depois do tarifaço imposto no sábado e que ainda vê espaço para um entendimento com os EUA sobre as tarifas, mas alertou que, caso as conversas fracassem, medidas de retaliação estão no radar.
Uma suposição que os investidores estão fazendo é que outros países cederão às exigências do republicano e que, potencialmente, a UE está disposta a aceitar um acordo comercial que favoreça os EUA, diz o Commerzbank. "Se Trump realmente conseguir extrair concessões significativas dos parceiros comerciais, ameaçando-os com tarifas, isso poderá ser visto como positivo para o dólar", acrescenta o banco alemão.
Ainda no radar tarifário, o presidente dos EUA propôs uma tarifa de 100% sobre a Rússia se Moscou não concordar em interromper as hostilidades na Ucrânia em 50 dias.
Até o momento, o contínuo recrudescimento das ameaças de taxas de importação do governo Trump teve um impacto limitado nos mercados financeiros, mas uma diferença importante na forma como os participantes do mercado digeriram a recente enxurrada de ameaças é que o dólar se fortaleceu em vez de se enfraquecer (como em abril) em resposta às notícias, diz a Capital Economics.
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