Economia
Tenho certeza de que governo tomará medida contra posicionamento dos EUA, diz Lindbergh Farias
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta quarta-feira, 9, que o governo deve tomar alguma medida em resposta à nova tarifa comercial dos Estados Unidos ao Brasil e defendeu a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso Nacional e publicada no Diário Oficial da União em 14 de abril.
As declarações ocorreram nesta quarta-feira, 9, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a tarifa de 50% sobre produtos do Brasil a partir de 1º de agosto.
Na expectativa do petista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda deve se pronunciar sobre a decisão de Trump, que considerou um "ataque forte" à soberania nacional. Segundo o líder partidário, o anúncio dos Estados Unidos terá consequências para os negócios das empresas e para os empregos brasileiros.
"Essa decisão aconteceu agora. A gente está trazendo o nosso repúdio, a nossa indignação, com o Trump e com essa extrema-direita. Nós vamos estar em diálogo com o governo federal, com o Itamaraty. Com certeza, vai ter alguma posição do governo brasileiro. Então, não adianta a gente aqui anunciar alguma coisa", disse.
Lindbergh continuou: "Vai ter posição do governo brasileiro e vai ter posição nossa aqui no campo legislativo. Mas é cedo para anunciar qualquer medida sem a comunicação e a discussão com o governo e com o presidente Lula". O petista também disse ter sido pego de surpresa e que é "cedo demais" para já haver novas proposições legislativas.
Questionado pela imprensa se defende a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica, Lindbergh disse que "claro". "A gente com certeza vai ter medidas legislativas, mas a gente quer conversar, quer ter a posição do presidente Lula", declarou. "Nós temos um comandante, é o presidente da República", considerou.
Lindbergh também pontuou: "É precipitado a gente dizer que vai fazer alguma coisa aqui agora, mas como não é uma questão que não é só econômica, o cálculo não é só econômico. Quando atacam as nossas instituições com um gesto como esse, o Brasil tem que, de alguma forma responder, e eu acho que isso é o que o presidente está calculando".
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