O Brasil não corre risco de falta de energia apesar de enfrentar a pior seca desde a década de 1950. A declaração foi dada pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (dia 5). Questionado sobre a queda no nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas, ele observou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acionou termelétricas para evitar uma crise energética no país.

— Acredito que o que disse a ONS é que, coloca as térmicas também para operarem, mas que não há risco de falta de energia — afirmou.

Segundo ele, a questão está sendo monitorada.

— É a maior seca desde a década de 50, se você pegar os gráficos é a maior seca — disse ele, ressaltando a questão das mudanças climáticas: — Estamos vivendo o aquecimento global, e nós que estamos nos trópicos vamos sofrer mais do que quem está no norte do planeta. Então, é uma questão importantíssima.

Bandeira tarifária

Diante do período de seca, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na sexta-feira passada (dia 30), a bandeira tarifária de energia elétrica em setembro seria a vermelha patamar 2, o maior da escala da agência.

Nesta quarta-feira (dia 4), a agência voltou atrás na decisão para a bandeira tarifária nas contas de luz de setembro. No lugar de bandeira vermelha 2, foi acionada a bandeira vermelha 1. Dessa forma, o aumento nas contas de luz dos brasileiros neste mês será menor.

A mudança foi causada por uma "correção" de informações do Programa Mensal de Operação (PMO), de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS).

No Brasil, as usinas hidrelétricas, que têm seu desempenho atrelado ao nível de chuvas, são responsáveis por mais de 60% da produção de energia elétrica.