Ligações eletrônicas terão a origem verificada no Brasil em breve. Em um protocolo de segurança em implementação até o fim do ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai exibir, na tela do celular do consumidor, informações como nome da empresa e até o motivo do contato de bancos, seguradoras e outros serviços conhecidos por serem "chamadores frequentes". O objetivo principal é combater golpes, ao permitir que o consumidor esteja certo da procedência de uma ligação.

Países como França, Canadá e Estados Unidos já contam com protocolos similares, conhecidos como "stir/shaken". No Brasil, o projeto nomeado como "Origem Verificada" deve começar a funcionar, em algumas chamadas, no mês de setembro. Para o contato checado, os smartphones precisarão ter conexão 4G ou 5G. O consumidor verá, na tela do aparelho, o selo de autenticação, o nome da empresa, e, em alguns aparelhos, o logo da companhia e o motivo da chamada.

Além da proposta antigolpe, o protocolo deseja inibir ligações abusivas das centrais de telemarketing e teleatendimento. Para funcionar, o sistema, no entanto, depende do engajamento de operadoras de serviços telefônicos, fabricantes de aparelhos celulares, empresas de telefonia e empresas que são grandes "chamadores". De acordo com a Anatel, as empresas que quiserem que suas chamadas apareçam com a verificação vão precisar contratar e pagar pelo serviço diretamente com as operadoras de serviços telefônicos.

Quem já aderiu

Segundo a Anatel, 33 operadoras de serviços telefônicos, o que inclui as maiores prestadoras de serviço de call-center do país, aderiram ao "Origem Verificada". Tim, Vivo e Claro também entraram no protocolo, assim como os maiores bancos brasileiros, como Itaú e Bradesco. Entre as fabricantes, a Anatel tem trabalhado com a Motorola, Apple e Samsung, segundo o superintendente da agência.