A Caixa Econômica Federal começa a depositar, nesta sexta-feira (dia 8), parte do lucro obtido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2023. Segundo a instituição financeira, o montante de R$ 15,2 bilhões é o maior valor já liberado aos trabalhadores desde 2016, quando começou a distribuição.

Ao todo, serão contemplados 130,8 milhões de cotistas, de acordo com o que cada um tinha de saldo na conta vinculada — ativa ou inativa — em 31 de dezembro de 2023. No total, 218,6 milhões de contas de FGTS receberão a distribuição de resultado.

Vale destacar que o lucro total, de R$ 23,4 bilhões, referente ao ano passado, foi o maior em 58 anos de história do FGTS.

Como será feito o cálculo

O valor depositado a cada um será definido pela multiplicação do saldo existente na conta em 31 de dezembro de 2023 por um índice estabelecido anualmente pelo Conselho Curador do FGTS (CCFGTS). Nesta distribuição, referente ao lucro de 2023, o índice será 0,02693258. Portanto, quem tinha R$ 3 mil de saldo em uma conta de FGTS no final do ano passado receberá R$ 80,80.

Vale destacar que o dinheiro não pode ser retirado pelo cotista. O lucro é incorporado ao saldo, mas a retirada só é possível nas hipóteses previstas em lei para o saque do Fundo de Garantia: demissão sem justa causa, compra da casa própria, aposentadoria, saque-aniversário e em casos de doenças graves.

O valor creditado pode ser verificado pelo app FGTS, disponível nas lojas de aplicativos Google Play e App Store, ou no internet banking da Caixa, no caso de clientes do banco.

Rentabilidade do FGTS

Com essa distribuição de resultado, as contas do FGTS em 2023 terão uma rentabilidade total de 7,78% — incluindo a correção anual prevista em lei, de 3% ao ano mais Taxa Referencial (4,96%), que já foi depositada mensalmente na conta do trabalhador. O percentual total é portanto, maior do que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período, que ficou em 4,62%.