Economia

Preço da cesta básica cai 6,97% no Rio, em julho, e custo médio fica em R$ 757,64, aponta Dieese

Dieese calcula que salário mínimo nacional deveria ser de R$ 6.802,88, ou seja, 4,82 vezes o valor do piso atual, de R$ 1.412

Agência O Globo - EXTRA 06/08/2024
Preço da cesta básica cai 6,97% no Rio, em julho, e custo médio fica em R$ 757,64, aponta Dieese
Foto: Arquivo/Reuters/Sergio Moraes/Direitos reservados

O custo de alimentos básicos caiu em todas as 17 capitais do país pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita mensalmente, as quedas mais importantes ocorreram no Rio de Janeiro (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%).

Com base neste levantamento, São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior preço médio (R$ 809,77), seguida por Florianópolis (R$ 782,73), Porto Alegre (R$ 769,96) e Rio (R$ 757,64). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores custos médios foram registrados em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38).

Por outro lado, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o preço médio do conjunto de alimentos básicos aumentou em 11 capitais, com destaque para Goiânia (variação de 5,82%), Campo Grande (5,54%) e São Paulo (5,17%). Entre as seis cidades onde houve retração nos preços, de julho de 2023 para julho de 2024, os destaques foram Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%).

Salário mínimo

Considerando o preço médio da cesta de São Paulo e a necessidade de suprir as despesas de um trabalhador e de sua família — de quatro pessoas — com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese calculou que o salário mínimo nacional deveria ser de R$ 6.802,88, ou seja, 4,82 vezes o valor atual de R$ 1.412. Em junho, esse mínimo necessário seria de R$ 6.995,44 — 4,95 vezes o piso nacional.

Além disso, em julho deste ano, o tempo médio necessário para o trabalhador adquirir a cesta básica foi de 105 horas e oito minutos, menor que em junho (109 horas e 53 minutos.