A Light alcançou um acordo com um grupo de credores que detêm títulos equivalentes a R$ 5 bilhões do total de R$ 11 bilhões em dívida da companhia, afirmam fontes de mercado. Após reunião realizada nesta quinta-feira, ficou acertado que esses detentores de títulos de dívida da Light terão direito a um bônus de subscrição na conversão de seus créditos em novas ações.

Esses debenturistas terão direito a um bônus para cada duas ações convertidas. Ou seja, compram duas, levam uma, segundo uma fonte. Antes, não haveria essa bonificação.

A Light corre contra o tempo para viabilizar uma capitalização no valor de R$ 3,2 bilhões. Deste total, R$ 1 bilhão viria dos acionistas de referência da companhia — Nelson Tanure, Ronaldo Cézar Coelho e Beto Sicupira, que detêm 50% dos papeis da companhia — enquanto os outros R$ 2,2 bilhões viriam da conversão de dívida em novas ações.

É um movimento previsto pelo plano de recuperação judicial e que tem de ir à votação em assembleia de credores marcada para o próximo dia 25. Sanar a crise financeira da companhia é condição para que as concessões públicas do grupo, principalmente a de sua distribuidora, a Light Sesa, sejam renovadas.

Fontes de mercado enxergam esse acordo como um passo importante no processo, embora a formalização ainda esteja pendente. Mais cedo, a Light fechou um acordo com os bancos credores, como antecipou o colunista do GLOBO Lauro Jardim.

Procurada, a Light não comentou.