Economia
Globo Rural: confira as melhores empresas do agro premiadas pela revista neste ano
GDM, de melhoramento genético, é a grande campeã. Evento de premiação marca ainda lançamento de anuário do setor
A empresa de melhoramento genético GDM foi a grande campeã da 19ª edição do prêmio “Melhores do Agronegócio”, da revista Globo Rural. O anúncio das vencedoras de todas as categorias da premiação ocorreu ontem à noite na capital paulista, com a presença de empresários, executivos, produtores rurais e autoridades.
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O evento marcou também o lançamento do “Anuário do Agronegócio”. A publicação traz reportagens sobre as companhias vencedoras do prêmio e os dados financeiros das 500 maiores empresas do agronegócio nacional, além dos principais indicadores financeiros e a posição delas nos rankings de cada estado e região do país.
Segundo o anuário, o faturamento dessas 500 empresas alcançou R$ 1,6 trilhão, um crescimento de 19% em relação a 2021. Elas estão distribuídas por todas as regiões do país. O Sudeste, com 251, ou 50,2% do total, tem o maior número de representantes. Depois vêm o Sul, com 152 (30,4%), e Centro-Oeste, com 47 (9,4%). Norte e Nordeste têm, somados, 50 empresas, ou 10% do total.
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O ranking considera a receita líquida das empresas. Já a escolha das melhores em cada segmento leva em conta uma pesquisa, conduzida pela Serasa Experian, na qual entram os dados das demonstrações contábeis (receita líquida, rentabilidade, margem e endividamento, entre outros), os relatórios sobre a responsabilidade socioambiental das companhias e suas respostas a questionários sobre o tema.
Para a indicação das melhores no ranking, o resultado financeiro tem peso de 70% na nota final, e os dados sobre sustentabilidade, de 30%.
Bioenergia domina
Na nova edição do anuário, o segmento com o maior número de empresas entre as 500 maiores do agronegócio é o de bioenergia: são, ao todo, 85 usinas na lista. Em seguida vêm, pela ordem, cooperativas, com 54; e reflorestamento, papel e celulose, com 35.
As 18 indústrias de soja e óleos no anuário respondem por 19% da receita líquida total das 500 maiores, liderando nesse quesito. Cooperativas (17%) e bioenergia (10%) vêm na sequência.
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A GDM é de origem argentina, mas sua sede institucional fica em Londrina (PR). Eleita a Campeã das Campeãs, a companhia tem forte atuação no mercado de soja: segundo a empresa, 40% da produção da oleaginosa no mundo tem germoplasma desenvolvido por ela. No Brasil, essa fatia é de 79%, e nos mercados argentino, paraguaio e uruguaio, de 71%.
No ano passado, a GDM recebeu aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para a primeira soja tolerante à seca do país obtida por meio de edição gênica. Nessa técnica, os pesquisadores “aceleram” mutações pelas quais a planta naturalmente já passaria.
A lista de projetos da GDM no Brasil inclui um investimento de R$ 15 milhões para ampliar a estrutura de seu complexo de laboratórios em Cambé (PR). A companhia também está investindo em um centro de pesquisa voltado exclusivamente a pesquisas sobre o milho. Ele ficará em Petrolina (PE)e terá aportes de US$ 12 milhões.
A GDM foi ainda a mais bem avaliada na indústria de sementes. Nas demais categorias, ganharam Bem Brasil Alimentos (“Alimentos e Bebidas”), Belagrícola (“Atacado e Varejo”), Nutriza (“Aves e Suínos”), Raízen Energia (“Bioenergia”), Agribrasil (“Comércio Exterior”), Coamo (“Cooperativas”), Ihara (“Defensivos Agrícolas”), Fertipar (“Fertilizantes”), Agrícola Famosa (“Frutas, Flores e Hortaliças”), 3corações (“Indústria de Café”), Barra Mansa (“Indústria de Carne Bovina”), Bela Vista (“Laticínios”), GTS (“Máquinas e Equipamentos Agrícolas”), Anaconda (“Massas e Farinhas”), DSM (“Nutrição Animal”), Suzano (“Reflorestamento, Celulose e Papel”), Zoetis (“Saúde Animal”), e CTC (“Serviços Agropecuários”).
Nos prêmios especiais, venceram Cargill (“Maior Empresa do Agro”), Klabin (“Sustentabilidade”) e Jopllam (“Pequenas e Médias”).
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