Como a Medicina, o Judiciário e a maneira de fazer negócios por meio das startups vão avançar com o uso da inteligência artificial é o tema da 8ª edição do Wired Festival Brasil, que acontece nesta quinta-feira no formato virtual das 9h às 12h20. O evento é promovido pelas Edições Globo Condé Nast e o jornal O GLOBO, com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro. A revista Wired é a principal publicação internacional de tecnologia, referência em inovação e criatividade no mundo.

A transmissão ao vivo começa às 9h pelo YouTube, Facebook e LinkedIn do jornal O GLOBO e pelo YouTube da GQ Brasil.

O primeiro painel vai abordar como a medicina tem usado e pode explorar ainda mais a tecnologia inovadora. Com a mediação de Paula Mageste, CEO das Edições Globo Condé Nast, a mesa será composta por Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde; pelo cirurgião Ben-Hur Ferraz Neto, diretor do Instituto do Fígado Rede Americas; e pelo diretor executivo do InovaHC, do Hospital das Clínicas, Marco Bego.

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O aumento da capacidade de processamento tem permitido a análise de grandes bancos de dados médicos, como exames e registros clínicos, o que leva a diagnósticos mais precoces. O objetivo é ver quais os desafios para ampliar o uso da tecnologia e a implementação da medicina de precisão, num tratamento cada vez mais individualizado.

O cirurgião de fígado Ben-Hur Ferraz Neto foi um dos primeiros médicos a usar a tecnologia e incorporá-la ao dia a dia profissional. Com MBA em gestão de saúde, ele se interessou pelo assunto há dez anos. Em entrevista ao GLOBO, no ano passado, Ferraz Neto avaliou que “a inteligência artificial será uma grande aliada na prevenção e no cuidado relativo à nossa saúde”.

“Utilizaremos os famosos ‘wearables’(vestíveis) e a IOB, ou ‘internet of bodies’ (internet dos corpos), além de monitorarmos nossos sinais vitais, condições clínicas, o que nos avisará dos riscos de um evento médico antes mesmo de ele acontecer. Faremos diagnósticos antecipados, evitando ocorrências muitas vezes fatais. Isso nos fará presença menos frequente em hospitais, e a distância perderá relevância.”

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Ana Estela, em entrevista recente ao portal da UFMG após uma visita à universidade mineira, citou que o ministério tem vários bancos de dados, como o Datasus, mas o desafio é conseguir integrar esses bancos. “São informações que vão para a decisão clínica, para a gestão e vigilância, para a predição para novas emergências sanitárias”, disse a secretária em setembro.

A segunda mesa vai tratar do uso da inteligência artificial no Judiciário. Mediado pelo editor executivo do GLOBO André Miranda, os especialistas vão debater sobre como acelerar a tramitação de processos judiciais e análise de documentos, além dos aspectos legais, éticos e tecnológicos envolvidos.

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Isabela Ferrari, juíza federal e coordenadora acadêmica no New Law Instituto, coordenou a publicação do livro “Justiça digital”, que já está na segunda edição, no qual ela constata o enorme avanço do ambiente on-line e da utilização de grande base de dados nos judiciários no Brasil e fora do país, após a pandemia. Também participa Maria Luciana Pereira de Souza, diretoria de Inclusão Digital e Inovações (OAB-RJ) e Juliano Maranhão, professor da USP e diretor da Lawgorithm.

Na mesa que encerra o encontro de hoje, Tainah Tavares, editora-chefe do TechTudo, vai conduzir as discussões sobre a análise de dados e precificação e ações de impacto social nas empresas. O objetivo é reunir experiências e mostrar como as startups e grandes companhias estão usando a IA na sua rotina.

Participam do painel Mauro Cavalletti, Experience designer, fundador da Bitinik Estratégias Criativas, plataforma para inovação, aceleração e transformação digital de negócios; Leonardo Santos, cofundador e CEO da Semantix, companhia brasileira que ajuda corporações a extraírem inteligência de seus dados e que estreou na Nasdaq há um ano, e Dora Kaufman, professora da TIDD PUC-SP e autora do livro “Desmistificando a inteligência artificial”.