Economia

Fazenda revisa para baixo projeções de crescimento do PIB de 2023 e 2024

Para este ano, Fazenda reduziu de 3,2% para 3%, e para o ano que vem, de 2,3% para 2,2%

Agência O Globo - GLOBO 21/11/2023
Fazenda revisa para baixo projeções de crescimento do PIB de 2023 e 2024
Ministério da fazenda - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda revisou nesta terça-feira as projeções de crescimento para o PIB de 2023 e de 2024. Para este ano, o número caiu de 3,2% para 3%. A mudança ocorre em função de uma expectativa mais baixa de crescimento para o terceiro trimestre, que caiu de 0,1% para zero. Para 2024, a redução foi de 2,3%, para 2,2%.

Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE), há a avaliação de que o setor de serviços terá um crescimento menor do que o esperado no restante do ano. Ainda assim, é esperado que o PIB do quarto trimestre tenha um número melhor do que o do terceiro.

"Apesar dessas alterações, a perspectiva ainda é de aceleração no ritmo da atividade no 4T, motivada pelo crescimento de alguns subsetores menos sensíveis ao ciclo e pela resiliência do consumo das famílias, em função do aumento da massa de renda real do trabalho e das melhores condições no mercado de crédito."

A piora para o ano que vem, segundo a pasta, reflete principalmente o ambiente externo mais incerto:

"A mudança repercute o aumento das incertezas no ambiente externo, tanto do ponto de vista da política monetária dos países centrais, quanto da possibilidade de agravamento nos conflitos geopolíticos globais. Em contrapartida, as atividades menos influenciadas pelo setor externo devem se beneficiar com a política monetária menos contracionista, com as melhores condições de crédito e com o crescimento da massa de rendimento real. Nesse sentido, a composição do crescimento brasileiro no próximo ano deverá ser bastante distinta da verificada em 2023, com maior contribuição da absorção doméstica."

A pasta, por outro lado, melhorou as projeções de inflação deste ano, de 4,85% para 4,66%, mas piorou os números de 2024, de 3,4% para 3,55%.