Economia

Mais de 2 milhões brasileiros renegociaram na plataforma do Desenrola, diz Haddad

Considerando outras fases, número de devedores que aderiram ao programa chega a 7 milhões. Na quarta-feira, governo fará o 'Dia D – Mutirão Desenrola', para estimular adesão

Agência O Globo - EXTRA 21/11/2023
Mais de 2 milhões brasileiros renegociaram na plataforma do Desenrola, diz Haddad
Haddad - Foto: Marcelo Justo/ Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou nesta terça-feira um novo balanço do programa Desenrola Brasil. Haddad participa de live com Lula nesta manhã. Segundo o ministro, 2,2 milhões de pessoas negociaram na plataforma, que dá descontos em uma série de dívidas, bancárias e não bancárias.

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O Desenrola foi lançado em julho e está dividido em duas grandes fases. A primeira foi só com dívidas bancárias e com negociação direta com as instituições.

A segunda está em andamento e as pessoas inadimplentes estão negociando pela plataforma desenvolvida pela Bolsa de Valores (B3), em parceria com o governo.

Desde julho, o número total é de 7 milhões de pessoas que receberam algum desconto e renegociaram dívidas no âmbito do programa, até o momento. Desse total, 2,2 milhões foram na plataforma.

— Nós temos 7 milhões de brasileiros que conseguiram pagar suas dívidas. Temos 1 milhão de brasileiros de baixa renda, outros 2,2 milhões de brasileiros que conseguiram (renegociar) na Plataforma e temos outros 4 milhões que conseguiram junto à rede bancária na primeira fase do programa. Totalizando 7 milhões — disse Haddad.

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Esse número não considera as 10 milhões de dívidas de até R$ 100 que foram canceladas. Tirar essas dívidas de pequeno valor dos registros de negativados foi um dos requisitos do programa.

O Desenrola é a aposta da equipe econômica para tirar do vermelho o nome de até 32,3 milhões de consumidores, considerando dívidas bancárias e não bancárias.

A renegociação é para devedores com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). São permitidas dívidas de até R$ 20 mil.

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Na quarta-feira, o governo federal promove o “Dia D – Mutirão Desenrola”, ação em parceria com organizações da sociedade civil, bancos e outros credores para fomentar as renegociações de débitos e ampliar o alcance do programa.

Os bancos vão aumentar os horários de atendimento de parte de suas agências no dia 22, de acordo com as próprias políticas internas.

O governo lançou em outubro a plataforma de renegociação de dívidas do âmbito do programa Desenrola Brasil.

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No total, 654 empresas com dívidas a receber ofertaram na última semana de setembro descontos variados. A média geral foi de 83% na redução do valor dos débitos. Mas há descontos maiores, como no caso de dívidas de cartão de crédito, para as quais foi oferecido abatimento médio de 96%.

Na live, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Desenrola permite que pessoas possam contratar novas dívidas de "forma responsável" e brincou que a equipe da Fazenda poderia ser indicada para o nobel da economia pela criação do programa.

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— Se esse plano der o resultado que estamos pensando, vamos indicar a equipe para o prêmio Nobel da economia. Nós resolvemos um problema crucial da sociedade. Na hora que você liberta um cara de uma dívida, você está dando para ele liberdade até para que ele se endivide outra vez. Mas que ele se endivida com responsabilidade — declarou o presidente.

Também nesta manhã, Lula disse que o programa tem potencial para se tornar o “Bolsa Família” da renegociação de dívidas, e por isso, Haddad deve acompanhar o desenvolvimento do Desenrola como se fosse a criação de seus filhos.

— Eu quero que você acompanhe isso aqui como você acompanha a criação de seus filhos. Ao terminar, ele tem que ser uma marca registrada para a gente levar para o mundo. Se a gente conseguir desenrolar o nosso povo aqui, isso vai ser um Bolsa Família de dívida. A gente vai poder transferir para o mundo a experiência bem sucedida aqui. Por isso eu quero que você acompanhe como se você a vida de sua filha, cuidando, não pode dar errado, se der errado, tem que consertar — pontuou Lula.