Economia
Preço da cesta básica no Rio chega a R$ 721,17. Confira os alimentos que registraram alta no preço
A cidade tem a quarta cesta mais cara do país
O preço da cesta básica diminuiu em 12 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e subiu em 5 municípios. O Rio de Janeiro foi uma das cidades que registrou alta no preço do conjunto dos alimentos básicos e tem quarta cesta mais cara do país, custando R$ 721,17. As altas foram registradas em Fortaleza (1,32%), Campo Grande (1,08%), Goiânia (0,81%), São Paulo (0,46%). As quedas mais importantes ocorreram em Natal (-2,82%), Recife (-2,30%) e Brasília (-2,18%).
Porto Alegre foi a cidade onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 739,21), seguida por Florianópolis (R$ 738,77) e São Paulo (R$ 738,13).
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Segundo o Dieese, em outubro, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.210,11 ou 4,60 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.280,93 e correspondeu a 4,76 vezes o piso mínimo.
O cálculo leva em consideração a cesta mais cara, que, em outubro, foi a de Porto Alegre. O Dieese ressalta que a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Salário mínimo
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica passou de 108 horas e 02 minutos, em setembro, para 107 horas e 17 minutos, em outubro.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em outubro de 2023, 52,72% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos.
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Comportamento dos preços dos produtos
O arroz agulhinha ficou mais caro em todas as capitais, em outubro. As altas mais importantes ocorreram em Florianópolis (9,25%), Brasília (7,35%) e no Rio de Janeiro (6,72%). A maior demanda externa pelo arroz brasileiro e a desvalorização do real diante do dólar reduziram a oferta e elevaram os preços no varejo.
O valor do quilo do pão francês aumentou em 13 capitais, com destaque para João Pessoa (2,74%) e Florianópolis (1,12%). As taxas variaram entre 1,71%, em Belém, e 8,64%, em Fortaleza. O alto volume de trigo importado, as variações do preço internacional, devido ao conflito da Rússia com a Ucrânia, e as oscilações climáticas elevaram o valor da farinha. Com a pressão desses fatores e demanda maior, o pão francês teve os preços aumentados.
O valor médio do quilo do açúcar subiu em 11 cidades. O aumento do preço internacional e a maior exportação reduziram a oferta interna e aumentaram o preço no varejo.
Os preços médios do leite integral diminuíram em 15 capitais, entre setembro e outubro. As quedas oscilaram entre -6,90%, em Curitiba, e -0,51%, em Recife. A oferta do produto foi maior, por causa da produção de leite no campo e da importação, o que fez com que os preços diminuíssem no varejo.
O valor do quilo do feijão carioquinha diminuiu em todas as cidades onde é pesquisado (capitais do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo), com variações entre -9,46%, em Belém, e -1,35%, em João Pessoa. O feijão preto subiu em Curitiba (0,46%) e no Rio de Janeiro (0,14%).
O valor do quilo do tomate diminuiu em 12 capitais, em outubro. O calor intenso maturou o tomate e elevou a oferta no varejo.
O preço do quilo da batata aumentou em todas as capitais do Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. Entre setembro e outubro, as maiores elevações foram registradas em Campo Grande (30,77%), Rio de Janeiro (29,10%), Belo Horizonte (26,15%), Brasília (25,61%) e Porto Alegre (20,85%). As altas temperaturas e as chuvas trouxeram resultados negativos para a produção nacional de batata, reduzindo a qualidade e fazendo subir o preço no varejo.
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