Economia
Focus: em meio à discussão sobre meta fiscal, mercado piora projeção para 2024 e já vê déficit de 0,80% do PIB
Estimativa para 2025 também piorou para resultado negativo em 0,60% do PIB. Analistas veem contas no vermelho em 2026
Em meio aos debates sobre a meta fiscal, a projeção para o resultado primário do próximo ano voltou a cair, segundo o boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC).
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A estimativa para o término de 2024 passou de 0,78% para 0,80%. Para 2025, ela piorou de 0,55% para 0,60%. Ao fim de 2023, a projeção segue em 1,10%.
O mercado sempre trabalhou com previsão de déficit em 2024, apesar dos compromissos assumidos pelo governo e com a aprovação do arcabouço fiscal.
No entanto, após as sinalizações de membros do governo, inclusive do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que a meta para 2024 "dificilmente" seria cumprida, parte dos agentes pioraram suas projeções, passando a observar um cenário mais difícil para a aprovação de medidas que visem aumentar a arrecadação no Congresso.
Para eles, uma possível mudança também é vista como fator que diminui a credibilidade das novas regras fiscais logo no seu primeiro ano de execução.
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Inflação para 2024 sobe
A projeção mediana para a inflação ao fim de 2024 subiu de 3,90% para 3,91%. Em relação a 2023, a estimativa seguiu em 4,63% e, para 2025, em 3,50%.
As estimativas seguem abaixo do teto da meta do BC. A meta de inflação perseguida pela autoridade monetária é de 3,25% em 2023 e de 3% em 2024 e 2025, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic inalterada em 12,25% e se comprometeu com novos cortes de 0,50 ponto percentual para as "próximas reuniões", apesar dos recentes receios fiscais.
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A expectativa mediana para a taxa básica no fim de 2024 continuou em 9,25%. Para 2024 e 2025, ela permaneceu em 9,25% e 8,75%.
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), as projeções para o final de 2023, 2024 e 2025 mantiveram-se em 2,89%, 1,50% e 1,90%, respectivamente.
A estimativa para o dólar ao término deste ano seguiu em R$ 5. Para 2024 e 2025, ela continuou em R$ 5,05 e R$ 5,10, respectivamente.
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