Economia
Gisele Bündchen, Shaquille O'Neil, Tom Brady: conheça famosos que tiveram perdas com a FTX e ainda são alvo de ação
Estimativa é de nove milhões de vítimas, cerca de 135 mil investidores brasileiros perderam dinheiro com o colapso da corretora de Sam-Bakman-Fried
O fundador da corretora FTX, Sam Bankman-Fried, condenado por sete acusações de fraude e conspiração, arrastou com ele cerca de 9 milhões de clientes que mantinham parte ou totalidade de suas criptomoedas na plataforma, entre eles, personalidades do mundo das artes, moda, esportes e negócios. As perdas chegam a cerca de US$ 10 bilhões, que foram usados para financiar contribuições políticas, investimentos de capital de risco e outros gastos extravagantes.
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Muitos famosos tiveram prejuízo, e uma série de celebridades de primeira linha que apoiaram publicamente a plataforma está sendo processada em uma ação coletiva movida na Flórida.
Entre as estrelas citadas estão Tom Brady, Gisele Bundchen, Stephen Curry, Golden State Warriors, Shaquille O'Neal, Udonis Haslem, David Ortiz, William Trevor Lawrence, Shohei Ohtani, Naomi Osaka, Lawrence Gene David e Kevin O'Leary".
Muitas dessas estrelas eram "embaixadoras" da empresa, enquanto outras apareciam em comerciais no horário nobre.
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Há cerca de um ano, rumores de que a empresa havia se tornado insolvente se espalharam nas mídias sociais, estimulando os clientes a retirar seus fundos, o que levou ao colapso da empresa.
Desde então, a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities e a Procuradoria dos EUA para o Distrito Sul de Nova York acusaram Bankman-Fried de uma longa lista de crimes, argumentando que a FTX era uma fraude.
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Estudo do agregador de dados criptos CoinGecko aponta que o Brasil está no décimo lugar entre os 30 países mais afetados pela falência da exchange FTX. De acordo com o levantamento, cerca de 135 mil investidores brasileiros perderam dinheiro com o colapso da empresa, em novembro do ano passado.
Nos Estados Unidos, já foram abertas muitas ações coletivas de clientes da FTX, mas os caminhos legais para brasileiros que eram correntistas da exchange para reaver seus valores são mais difíceis, principalmente devido aos custos para contratar um advogado nos EUA.
Entre os países mais prejudicados pelo colapso da FTX estão Coreia do Sul, Cingapura e Japão que, juntos, somam 15,7% do tráfego na plataforma, ou mais de 760 mil pessoas.
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Cerca de 200 mil russos e 190 mil alemães, respectivamente em quarto e quinto lugares no ranking, também são vítimas potenciais da FTX.
Celebridades processadas
O ex-jogador de futebol americano Tom Brady, que ajudou a promover a bolsa cripto falida, possui mais de 1,1 milhão de ações ordinárias da FTX Trading, mostram documentos do processo de falências da plataforma digital. Sua ex-mulher Gisele Bündchen tem mais de 680.000 ações da mesma entidade. Ambos filmaram um comercial chamado “FTX. Você está dentro?'' que os mostrava incentivando conhecidos a entrar na plataforma, de acordo com a ação coletiva.
A tenista Naomi Osaka recebeu uma participação acionária. O arremessador dos Angels, Shohei Ohtani, e Aaron Jones, do Green Bay Packers, assinaram como embaixadores globais, recebendo participações acionárias.
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O quarterback do Jacksonville Jaguars, Trevor Lawrence, assinou um longo contrato de patrocínio com a FTX. Parceiro e embaixador da empresa, chegou a receber uma boa quantia do bônus de assinatura em criptomoedas, no que a FTX chamou de "endosso inédito".
Durante o Super Bowl de 2022, o comediante Larry David estrelou um comercial para a FTX no valor de US$ 30 milhões. O tetracampeão da NBA Shaquille O'Neal também faz parte do time de acionistas e embaixadores da FTX. Ele apareceu, usando uma peruca, em um vídeo promocional no Twitter.
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Segundo a ação, impetrada em novembro de 2022, o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, e as celebridades que ele recrutou para endossar a empresa são responsáveis por cerca de US$ 11 bilhões em prejuízos aos consumidores americanos.
As celebridades e o time de basquete Golden State Warriors disseram em documentos judiciais que nunca promoveram as contas mencionadas no caso e não causaram perdas a investidores, pedindo o arquivamento da ação.
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