Economia
Fed, banco central americano, mantém juros inalterados
Taxas seguem no intervalo entre 5,25% e 5,5%, maior patamar desde 2001
O Federal Reserve, banco central americano, manteve os juros inalterados nesta quarta-feira, conforme as expectativas.
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Com isso, as taxas permanecem no patamar entre 5,25% a 5,5%, o maior desde 2021. Na reunião de setembro, quando também não elevou as taxas, o Fed deixou a porta aberta para novos aumentos, mas, recentemente, os próprios membros suavizaram o discurso, o que consolidou o cenário de manutenção.
"Indicadores recentes sugerem que a actividade econômica expandiu a um ritmo forte no terceiro trimestre. Os ganhos de emprego moderaram-se desde o início do ano, mas permanecem fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada", destaca o Fed, em seu comunicado.
Segundo o comunicado, as condições financeiras e de crédito mais restritivas para famílias e empresas deverão pesar sobre a atividade econômica, as contratações e a inflação. Mas a extensão destes efeitos "permanece incerta".
O objetivo do BC é conter a inflação elevada no país, o que até tem ocorrido, mas de forma lenta. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, da sigla em inglês) dos EUA avançou 3,4% em setembro, estável em relação aos dados de agosto e julho, segundo o do Departamento de Comércio.
O núcleo do índice, que exclui componentes voláteis de energia e alimentos, subiu 3,7%, abaixo dos 3,8% registrados em agosto. Os números vieram dentro do esperado, apesar de estarem distantes da meta de 2% do Fed.
Além disso, surpresas positivas na economia têm deixado o caminho do BC no fim de seu ciclo monetário menos óbvio para os agentes. Na semana passada, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre subiu 4,9%, e os indicadores referentes ao mercado de trabalho seguem fortes, com uma taxa de desemprego em patamares historicamente baixos.
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Com isso, há incertezas sobre o real nível de aperto da política monetária. Nas últimas semanas, as taxas de juros dos Treasuries de longo prazo atingiram níveis não vistos desde 2007. Em tese, o movimento poderia ajudar o trabalho do Fed ao contribuir para o aperto das condições financeiras.
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