Economia
Na véspera de decisão do Copom, Alckmin defende que juros caiam 'mais depressa'
Vice-presidente também elogiou Lira pela aprovação da Reforma Tributária, que já teve aval da Câmara e está em análise no Senado
Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a nova taxa básica de juros, o vice-presidente Geraldo Alckmin cobrou, nesta terça-feira, uma queda mais acelerada do índice.
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A expectativa de operadores do mercado é por uma nova queda de 0, 5 ponto percentual, o que deixaria a taxa em 12,25%.
– Os juros estão caindo. Amanhã esperamos que caia mais ainda e precisa cair mais depressa. O câmbio está competitivo, é um câmbio que ajuda.
Alckmin também fez elogios nesta terça-feira ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por ter conseguido articular a aprovação da Reforma Tributária na Casa. Em discurso feito em um evento na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Alckmin avaliou que Lira "pegou para valer" a reforma e também fez elogios ao deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que foi o relator da proposta na Casa. No mesmo evento, ele pediu para que a taxa de juros seja reduzida de forma mais rápida.
– Quero aqui fazer um agradecimento e um reconhecimento ao presidente (da Câmara) Arthur Lira, que pegou para valer para votar a Reforma Tributária em tempo recorde na Câmara Federal. Destacar também a participação do Aguinaldo Ribeiro, que foi o relator na Câmara Federal, fazendo um belíssimo trabalho na Reforma Tributária – disse.
Lira e Aguinaldo são do PP, partido que tem cobrado cargos do governo e se aproximando do Poder Executivo na Câmara. Os dois deputados conseguiram na semana passada receber a confirmação do governo que vão apadrinhar o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira, que vai substituir Rita Serrano no comando do banco.
O vice-presidente afirmou também que a Reforma Tributária "faz o PIB crescer e traz eficiência econômica" e que "os estudos mostram que ela pode em 15 anos elevar 12% o PIB, reduzindo o Custo Brasil e melhorando a competitividade".
Alckmin, que também é ministro da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços, disse que a proposta "vai estimular a indústria, hoje sobretributada, desonerar completamente o investimento e desonerar completamente a exportação porque ela acaba com a cumulatividade”.
A reforma está sob a análise do Senado e o relator na Casa, Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou um parecer com mudanças ao texto aprovado pelos deputados, o que deve fazer com que a Câmara volte a analisar o texto.
Arthur Lira também esteve presente e discursou durante o evento. Em seu pronunciamento, o presidente da Câmara disse que vai se esforçar para aprovar projetos que visam melhorar o ambiente de negócios, mas não citou nenhuma das iniciativas em tramitação na Casa, como a subvenção do ICMS, que é prioridade para o governo e visa melhorar a arrecadação ao disciplinar a concessão de incentivos fiscais.
– Queremos oferecer ao país um arcabouço legal confiável, racional e efetivo. Buscamos a um só tempo garantir segurança jurídica e evitar entraves legais que obstruíam o desenvolvimento econômico. A nossa agenda parlamentar tem mantido o compromisso com a modernização legislativa deste país. Um compromisso com a burocratização e a simplificação.
As falas foram feitas durante a posse de Ricardo Alban como novo presidente da CNI. Além de Lira e Alckmin, o evento reuniu o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e do Ceará, Elmano de Freitas (PT).
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