Economia

Lula diz a líderes que não vai gastar 'nenhum centavo a mais' e pede aprovação de MP que pode render 35 bi, afirmam deputados

Apesar de não ter falado diretamente sobre meta fiscal, Lula pediu colaboração para tocar propostas de arrecadação

Agência O Globo - GLOBO 31/10/2023
Lula diz a líderes que não vai gastar 'nenhum centavo a mais' e pede aprovação de MP que pode render 35 bi, afirmam deputados
Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lideranças da base do governo na Câmara dos Deputados participaram de reunião com o presidente Lula nesta terça-feira. De acordo com os deputados, Lula pediu a aprovação da que aumenta a tributação de grandes empresas que possuem benefícios fiscais de ICMS. A aprovação da proposta pode render até R$ 35 bilhões ao governo no ano que vem.

De acordo com líderes, Lula não citou diretamente a meta fiscal de déficit zero, do ministro Fernando Haddad, mas disse contar com os deputados para o aumento de receita da União. O governo discute alterar a meta depois de Lula dizer que esse alvo é difícil de ser atingido.

— Nao há nada de anormal de tiver uma modulação (da meta). Se houver essa necessidade, não é para gastar mais, o governo deixou isso claro. Lula disse que, se houver necessidade de mudança, nao é para gastar mais, é para dar garantia com que ja está comprometido. Disse também que a agenda de 2024 tem que começar a ser pensada porque é eleição — afirmou o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL).

Lula também disse contar com os deputados para o aumento de receita da União.

— Ele agradeceu os líderes e falou da importância de aprovarmos ainda algumas medidas que estão na Câmara — disse o líder do governo em exercício, Alencar Santana (PT-SP).

O presidente do MDB e deputado federal Baleia Rossi (SP) disse que o presidente discutiu a agenda de projetos de lei até o final do ano e destacou a necessidade de arrecadação.

— Ele falou, principalmente, da MP 1185 (do aumento de receitas com grandes empresas). Falou que não quer gastar nenhum centavo a mais, mas não falou diretamente de meta — afirmou Rossi.

O governo discute mudar a meta para evitar um forte corte de gastos no ano que vem.