Economia

Rio decreta emergência zoosanitária em todo o estado por 180 dias

Já foram identificados 16 casos da doença em aves silvestres. Secretaria de Agricultura reforça que o vírus está controlado e que medida é forma de prevenção de possíveis focos

Agência O Globo - GLOBO 18/08/2023
Rio decreta emergência zoosanitária em todo o estado por 180 dias
Gripe aviária - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Estado do Rio de Janeiro decretou emergência zoosanitária pelo prazo de 180 dias após identificação de 16 casos de gripe aviária em aves silvestres no território fluminense. A decisão foi publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial. No entanto, a população não deve se preocupar, pois não há registro da doença na avicultura comercial do estado.

Gripe aviária: Produtores reforçam protocolos após emergência zoossanitária

Salto nas vendas: Sucesso de Ozempic e Wegovy obriga BC da Dinamarca a manter juros baixos

A Secretaria de Agricultura reforça que a doença está controlada. A pasta acrescenta que a medida busca uma resposta mais rápida de novos focos da gripe e proteger as aves com fins comerciais do estado.

— Com este decreto podemos agir de maneira muito mais rápida, nossa equipe em parceria com diversos órgãos e entidades estão atentos à questão — destaca o secretário de Agricultura do Rio, Flávio Ferreira.

Focos de gripe aviária no Rio de Janeiro

São Sebastião da Barra - 5

Niterói - 2

Rio de Janeiro - 2

Angra dos Reis - 1

Cabo Frio - 1

Macaé - 1

Maricá - 1

Paraty - 1

Queimados - 1

Saquarema - 1

Outros estados adotam medidas semelhantes

O decreto do governo do Rio está alinhado com a medida recomendada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária em maio, quando declarou emergência sanitária por conta da descoberta de casos no país. A pasta informou que, a exemplo do Rio, todos os estados foram orientados a decretar emergência e, gradualmente, estão publicando suas adesões à medida que forem descobertos novos casos.

Até o momento, além do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e Sergipe também já adotaram medidas semelhantes.

Tire suas dúvidas: Regras para planos de saúde descredenciarem hospitais vão mudar

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), apesar dessas medidas não há alteração no status brasileiro de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Além disso, informa que agroindústrias e produtores do Brasil seguem com os protocolos de segurança em níveis elevados.

"É uma medida de antecipação, basicamente preventiva, com o propósito de dar celeridade às respostas de ação por meio da integração do Ministério com órgãos estaduais, liberação de recursos, entre outros", escreveu em nota.

De maionese a salgadinho: número de recalls cresce e já soma 40 este ano. Veja quais são os seus direitos

De acordo com o Mapa de Indicadores da Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura, não há registro da doença na produção comercial. Até o momento, o Brasil já teve a confirmação de 80 focos da doença. Desse número, 78 em aves silvestres e dois em aves de subsistência.

Contágio em humanos é raro

A doença em aves silvestres, que foi detectada pela primeira vez no dia 15 de maio, não é transmitida por meio do consumo de alimentos como carne e ovos. A principal medida de prevenção é o controle dos animais infectados.

Como mostrado pelo GLOBO, o contágio de humanos é raro, são menos de 900 registros segundo a Organização Mundial da Saúde em toda a História. Para a população, a recomendação é evitar contato muito próximo com aves silvestres.