Economia
Rio decreta emergência zoosanitária em todo o estado por 180 dias
Já foram identificados 16 casos da doença em aves silvestres. Secretaria de Agricultura reforça que o vírus está controlado e que medida é forma de prevenção de possíveis focos
O Estado do Rio de Janeiro decretou emergência zoosanitária pelo prazo de 180 dias após identificação de 16 casos de gripe aviária em aves silvestres no território fluminense. A decisão foi publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial. No entanto, a população não deve se preocupar, pois não há registro da doença na avicultura comercial do estado.
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A Secretaria de Agricultura reforça que a doença está controlada. A pasta acrescenta que a medida busca uma resposta mais rápida de novos focos da gripe e proteger as aves com fins comerciais do estado.
— Com este decreto podemos agir de maneira muito mais rápida, nossa equipe em parceria com diversos órgãos e entidades estão atentos à questão — destaca o secretário de Agricultura do Rio, Flávio Ferreira.
Focos de gripe aviária no Rio de Janeiro
São Sebastião da Barra - 5
Niterói - 2
Rio de Janeiro - 2
Angra dos Reis - 1
Cabo Frio - 1
Macaé - 1
Maricá - 1
Paraty - 1
Queimados - 1
Saquarema - 1
Outros estados adotam medidas semelhantes
O decreto do governo do Rio está alinhado com a medida recomendada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária em maio, quando declarou emergência sanitária por conta da descoberta de casos no país. A pasta informou que, a exemplo do Rio, todos os estados foram orientados a decretar emergência e, gradualmente, estão publicando suas adesões à medida que forem descobertos novos casos.
Até o momento, além do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e Sergipe também já adotaram medidas semelhantes.
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Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), apesar dessas medidas não há alteração no status brasileiro de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Além disso, informa que agroindústrias e produtores do Brasil seguem com os protocolos de segurança em níveis elevados.
"É uma medida de antecipação, basicamente preventiva, com o propósito de dar celeridade às respostas de ação por meio da integração do Ministério com órgãos estaduais, liberação de recursos, entre outros", escreveu em nota.
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De acordo com o Mapa de Indicadores da Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura, não há registro da doença na produção comercial. Até o momento, o Brasil já teve a confirmação de 80 focos da doença. Desse número, 78 em aves silvestres e dois em aves de subsistência.
Contágio em humanos é raro
A doença em aves silvestres, que foi detectada pela primeira vez no dia 15 de maio, não é transmitida por meio do consumo de alimentos como carne e ovos. A principal medida de prevenção é o controle dos animais infectados.
Como mostrado pelo GLOBO, o contágio de humanos é raro, são menos de 900 registros segundo a Organização Mundial da Saúde em toda a História. Para a população, a recomendação é evitar contato muito próximo com aves silvestres.
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