A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou, nesta quarta-feira (dia 16), que o programa Desenrola Brasil negociou R$ 8,1 bilhões em quatro semanas. O volume financeiro diz respeito ao período de 17 de julho a 11 de agosto. Ainda de acordo com a entidade, foram negociados 1,296 milhão de contratos, beneficiando 985 mil clientes bancários.

Nesta fase do programa, a renegociação abrange dívidas bancárias (como as de cartão de crédito e cheque especial) de clientes com renda mensal entre dois salários mínimos (R$ 2.640) e R$ 20 mil — a chamada Faixa 2 —, em negociação direta com as instituições financeiras, independentemente do valor devido.

Esta negociação vale para quem foi incluído no cadastro de inadimplentes entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. As condições de pagamento oferecidas dependem de cada instituição financeira. A adesão ao Desenrola Brasil vai até 31 de dezembro.

Dívidas de até R$ 100

Nesta primeira fase, os bancos também retiraram dos cadastros de inadimplentes — como Serasa e SPC — cerca de 5 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100. O prazo para essa baixa de registros se encerrou em 27 de julho.

“A grande adesão e o interesse pelo programa na Faixa 2 são uma amostra do que virá em setembro, com a Faixa 1”, diz o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Segunda fase

Em setembro, terá início a segunda fase do Desenrola Brasil. Nesta etapa, serão contemplados os cidadãos que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e têm dívidas que, somadas, chegam a R$ 5 mil.

Nesta etapa, dívidas em geral serão negociadas por meio de uma plataforma on-line que está sendo criada. O débito poderá ser parcelada em até 60 vezes. Os juros do financiamento serão de 1,99% ao mês. O pagamento das parcelas poderá ser feito por débito em conta, Pix ou boleto bancário.

Os beneficiários do programa também poderão fazer um curso de educação financeira.