Economia
Haddad vai ao Senado, e mantém aposta de votação do arcabouço fiscal na Câmara na próxima semana
Ministro da Fazenda disse que tem mantido conversas com deputados para tirar dúvidas do projeto do arcabouço fiscal
Após se reunir, nesta terça-feira, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou acreditar que o novo arcabouço fiscal será votado na Câmara, na próxima terça-feira. Haddad admitiu que está preocupado com as receitas para o cumprimento das regras da nova lei. Uma delas é o déficit zero a partir de 2024.
Ao ser perguntado sobre como via a declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que colocaria o arcabouço em votação na terça-feira que vem, o ministro afirmou:
— Acredito que sim. Penso que isso dá para o Orçamento uma clareza maior, porque a inflação no fim do ano vai se refletir na arrecadação do ano seguinte. E sabe que tenho dito várias vezes, a arrecadação está nos preocupando - disse.
O encontro entre Fernando Haddad e Pacheco ocorreu um dia depois de o ministro ter dado declarações que irritaram Arthur Lira. Em uma entrevista, Haddad comentou que existem dificuldades de negociação entre o Executivo e a Câmara.
— O fato é que estamos conseguindo encontrar caminho. Não está fácil, não pense que está fácil. A Câmara está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo. Mas, de fato, ela está com um poder que eu nunca vi na minha vida — afirmou.
Como reação, Lira cancelou uma reunião de líderes que estava marcada para a noite da última segunda-feira com líderes no Congresso. O tema era a votação do arcabouço fiscal. O encontro foi adiado para a próxima segunda-feira, segundo informou nesta terça-feira o próprio presidente da Câmara.
Haddad disse que o motivo da ida até o gabinete de Pacheco foi para agradecer ao presidente do Senado o envio, para a Câmara, de duas medidas provisórias: a MP que aumentou o valor do salário mínimo para R$ 1.320 e corrige a tabela do Imposto de Renda, e outra que institui a tributação de offshores.
— São temas importantes, o salário mínimo nacional e a tabela do IR. A tributação dos fundos em paraísos fiscais são a compensação para a atualização da tabela — disse o ministro da Fazenda, ressaltando que sempre que há uma renúncia fiscal, é preciso encontrar uma compensação.
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