Economia
Privatização da Sabesp terá acionista privado com participação relevante na empresa, diz Tarcísio
Modelo de desestatização prevê R$ 10 bilhões adicionais de investimento em saneamento a serem realizados pela empresa
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou na noite desta segunda-feira que sua gestão escolheu como modelo de privatização da Sabesp uma oferta adicional de ações (follow on) que permita que um único acionista privado tenha maior participação na empresa, tornando-se um acionista de referência, ou seja, com participação acionária relevante. Na prática, a iniciativa privada poderia inclusive ter o controle indireto da companhia de água e esgoto.
Tarcísio afirma que o modelo escolhido vai permitir que a Sabesp realize R$ 66 milhões em investimentos até 2029. Hoje, o plano da companhia de controle estatal é realizar R$ 56 bilhões até 2033. Portanto, a privatização, de acordo com os cálculos do governo estadual, permitiria ampliar os investimentos em R$ 10 bilhões.
O modelo escolhido difere do implementado na privatização da Eletrobras, que vinha sendo citado pelo governador como referência. Na companhia elétrica, os acionistas foram pulverizados para que a companhia não tivesse um único controlador definido.
— Estamos falando em executar R$ 66 bilhões de investimentos, antecipando em quatro anos a universalização do saneamento. Isso nos dá a garantia de que vamos conseguir levar saneamento para todos os municípios (atendidos pela Sabesp). Com esse plano de negócios, damos a garantia para os municípios que ficam na dúvida sobre a vantajosidade (econômica) de que serão atendidos, independentemente da base de clientes e da rentabilidade — disse Tarcísio.
O governo estadual ainda não definiu qual será a participação máxima participação acionária que o eventual acionista de referência teria na empresa, mas de acordo com o secretário de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, haverá um limite. O governador afirmou que o Estado continuará como acionista minoritário na empresa, mas também não definiu de quanto será a participação.
— Vamos buscar investidores de referência, não apenas um. E não precisam ser operadores. Eles não necessariamente formariam um bloco de controle — disse Benini a jornalistas.
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