Economia
Petrobras anuncia nova política de dividendos
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira sua nova política de dividendos. A decisão foi tomada após reunião de seu Conselho de Administração.
De acordo com a empresa, ficou estabelecido remuneração mínima anual de US$ 4 bilhões para exercícios em que o preço médio do Brent for superior a US$ 40 por barril.
Na semana passada, o diretor da área financeira, Sergio Caetano Leite, disse que o novo modelo será adotado para o pagamento de dividendos referentes ao segundo trimestre. Na próxima semana, a estatal anuncia seus resultados financeiros para os meses de abril a junho.
A assumir a companhia, Jean Paul Prates indicou que a Petrobras teria nova diretriz para a definição dos preços e um novo regime para a divisão do lucro com investidores. O objetivo desta medida é liberar espaço para que a empresa volte a investir.
Nas últimas semanas, a Petrobras criou um grupo de trabalho com 11 pessoas, que inclui representantes das áreas financeira, jurídica, tributária e de governança para rever o modelo. Leite destacou que o novo formato é alinhado ao que é praticado por outras petroleiras.
Em geral, dizem analistas do setor, as petroleiras distribuem, em geral, de 20% a 30% do lucro líquido via dividendos.
Em maio, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 24,7 bilhões em dividendos referentes ao primeiro trimestre.
Segundo Leite, a periodicidade trimestral de pagamento deverá ser mantida, mas ainda será alvo de análise pelo conselho da companhia. O estudo sobre o novo modelo será concluído neste mês.
Em 2022, a Petrobras foi apontada como a segunda maior pagadora de dividendos do mundo, de acordo com o índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson. A empresa distribuiu US$ 21,7 bilhões. Essa política, que ajudou a atrair investidores no passado, é alvo de críticas da atual gestão, que avalia que é necessário ampliar investimentos não só no pré-sal como em outras áreas, incluindo energias renováveis.
Em entrevista recente ao GLOBO, Prates afirmou que a mudança nos dividendos não seria uma loucura. Mas ressaltou que a Petrobras é uma empresa segura, um transatlântico. E disse na ocasião que o investidor que busca segurança é conservador e aceita uma rentabilidade menor.
Desde a gestão de Roberto Castello Branco, o modelo de distribuição de dividendos prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a Petrobras poderia distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e investimentos. No fim de 2021, sob gestão de Joaquim Silva e Lunaa estatal passou a permitir a antecipação de dividendos.
Mais lidas
-
1TECNOLOGIA MILITAR
Revista americana destaca caças russos de 4ª geração com empuxo vetorado
-
2TECNOLOGIA
Avião russo 'Baikal' faz voo inaugural com motor e hélice produzidos no país
-
3OPERAÇÃO INTERNACIONAL
Guarda Costeira dos EUA enfrenta desafios para apreender terceiro petroleiro ligado à Venezuela
-
4MOBILIDADE
Alagoas adere a novas regras da CNH e elimina exigência de autoescola
-
5TECNOLOGIA MILITAR
Drone interceptador Allag-E é apresentado nos Emirados Árabes Unidos