Economia
Desemprego recua para 8% no segundo trimestre, aponta IBGE
É o menor resultado para o período desde 2014. País tem 8,3 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho
A taxa de desemprego ficou em 8% no trimestre encerrado em junho. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, referentes a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
A mediana das projeções dos analistas apontava para uma taxa em 8,2% no período.
No trimestre encerrado em março de 2023, que serve de base de comparação, o desemprego ficou em 8,8%.
Caged X Pnad
Na quinta-feira foram divulgados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho, que também tratam sobre o emprego. Mas estes são diferentes dos dados da Pnad, do IBGE.
Os dados do Caged são atualizados pelo Ministério do Trabalho e consideram somente os trabalhadores com carteira assinada. Os dados vêm dos registros que as empresas enviam ao ministério, que é responsável por controlar as admissões e demissões dos trabalhadores sob o regime da CLT.
Na pesquisa do IBGE, são investigados todos os tipos de ocupação, formais e informais, além de empresários e funcionários públicos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua é chamada assim porque é feita a cada três meses — a Pnad anterior tinha periodicidade anual.
Perspectivas
O desempenho do mercado de trabalho tende a ser moderado ao longo dos próximos meses, segundo economistas, em linha com o processo de desaceleração da atividade. Mas bons resultados na economia podem ajudar a sustentar a queda da taxa.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do FGV IBRE subiu 2,2 pontos em junho, para 76,8 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (79,8 pontos). O resultado compensa as quedas dos últimos dois meses, mas não se afasta do patamar de 75 pontos que o índice vem oscilando desde a virada para 2023.
“Esse resultado sugere que ainda existe cautela sobre o retorno a uma trajetória mais favorável do mercado de trabalho nos próximos meses, mas pode ser um primeiro sinal positivo. Para os próximos meses, boas notícias do ambiente macroeconômico serão fator fundamental para geração de empregos”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE
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