Economia

Chile registra seu menor índice de pobreza da história: 6,5%

Aumento de subsídios e transferências diretas do Estado para famílias explicam marca

Agência O Globo - GLOBO 27/07/2023
Chile registra seu menor índice de pobreza da história: 6,5%

A pobreza caiu para 6,5% no Chile em 2022, o menor indicador desde que há registros, informou oficialmente o governo nesta quinta-feira, com o indicador sendo resultado do aumento da renda e dos subsídios domésticos. A mais recente queda na taxa é explicada por “uma recuperação da renda autônoma (ou total), que responde a uma política de crescimento e geração de empregos”, explicou o ministro do Desenvolvimento Social, Giorgio Jackson, ao anunciar os resultados da última pesquisa da Casen.

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No período, foi registrado também um aumento dos subsídios e das transferências diretas do Estado para as famílias, sobretudo as mais pobres, acrescentou o ministro. A redução ocorre no mesmo ano em que o Chile enfrentou o maior aumento da inflação em três décadas (12,8%) e significa um retorno à tendência histórica de queda desse indicador desde a volta à democracia em 1990, quando a pobreza chegou a 40%.

Com exceção do ano de 2020, em plena pandemia, quando a pobreza aumentou para 10,7%, esse indicador registra uma queda sustentada no Chile. Em 2017, chegou a 8,5%, segundo a pesquisa Nacional de Caracterização Socioeconômica (Casen). No ano em que começou esta medição oficial, em 2006, a pobreza no Chile atingiu 28,7%.

A taxa de pobreza de 6,5% no Chile, uma das mais baixas da América Latina, equivale a 1.292.521 pessoas. Destes, 2% -387.963 pessoas- correspondem aos que vivem em condições de "extrema pobreza".

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A região de Ñuble, com 12,1%, e a região de Araucanía, com 11,6%, são as regiões com maior pobreza no Chile. Em Santiago, capital do país, onde vivem mais de sete dos 19 milhões de habitantes, o indicador de pobreza foi de 4,4%.

Magalhães, a região mais austral do país, é também a que apresenta o menor percentual de pobreza, com 3,4%. A pesquisa Casen foi realizada entre 1º de novembro de 2022 e 2 de fevereiro de 2023. Entrevistou 202.231 pessoas.