Economia
PIB dos EUA cresce 2,4% no segundo trimestre, na taxa anualizada
Mercado de trabalho forte, gastos robustos dos consumidores e inflação mais branda impulsionam economia e alimentam esperança de que país evitará recessão
O crescimento econômico dos EUA ganhou força no segundo trimestre, com avanço no consumo das famílias e investimentos, mesmo com a taxa de juros elevada. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anualizada de 2,4%, após um ritmo de 2% nos três meses anteriores, segundo a estimativa inicial do Departamento de Comércio divulgada nesta quinta-feira.
Nesta quarta-feira, o Fed (Federal Reserve, banco central americano) elevou a taxa de juros para o mais alto patamar desde 2001. Foram sucessivas altas, com objetivo de conter o avanço da inflação. O indicador fechou em 3,8% nos 12 meses encerrados em maio.
Mas os juros altos não têm inibido o consumo. Os gastos das famílias aumentaram 1,6%, mais do que o previsto.
A economia dos EUA está em melhor forma do que os economistas esperavam. Um mercado de trabalho forte, gastos robustos dos consumidores e a inflação mais branda alimentam as esperanças de que os EUA evitarão uma recessão.
A equipe do Fed não está mais prevendo um tombo do PIB, disse o presidente do banco central americano, Jerome Powell, na quarta-feira. Powell também disse que o avanço dos preços poderá ser contido sem um grande aumento do desemprego.
"O crescimento está superando as expectativas, mesmo com a postura da política monetária se tornando restritiva", disse em nota Rubeela Farooqi, economista-chefe para os EUA da High Frequency Economics.
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"Um setor doméstico forte, que continua a se beneficiar do crescimento positivo do emprego e do aumento da renda real, deve manter o crescimento em uma trajetória positiva este ano", completou.
Mercado de trabalho e serviços
A força persistente do mercado de trabalho continua sendo uma fonte importante de apoio para a economia. Dados separados divulgados nesta quinta-feira mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego recuaram para o nível mais baixo desde o fim de fevereiro.
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O consumo das empresas continuou a crescer a um ritmo vertiginoso, reforçados pelos recentes esforços para reforçar a produção industrial doméstica.
O governo Biden defendeu uma série de projetos de lei - a Lei de Investimentos e Empregos em Infraestrutura, a Lei de Redução da Inflação e a Lei CHIPS - que permitem financiamento direto e incentivos fiscais para empresas privadas investirem em áreas como semicondutores e veículos elétricos.
Os gastos com equipamentos cresceram 10,8%, a maior alta em mais de um ano, após queda nos dois trimestres anteriores. Os gastos com produtos de propriedade intelectual também aceleraram.
Outros dados econômicos divulgados nesta quinta-feira
Os pedidos feitos às fábricas dos EUA para bens duráveis aumentaram 4,7% em junho, o maior em quase três anos e impulsionados por reservas de aeronaves comerciais
Excluindo aeronaves e defesa, as encomendas de bens de capital subiram 0,2% no mês passado
Embarques de bens de capital, que alimentam os números do PIB dos EUA, avançaram 0,5%
Enquanto isso, o déficit comercial dos EUA caiu 4,4%, para US$ 87,8 bilhões, o menor nível em três meses, em junho.
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