Economia
Fed, banco central americano, volta a elevar os juros em 0,25 ponto percentual
Taxas vão para intervalo entre 5,25% e 5,5%, maior patamar desde 2001. Objetivo da instituição é combater a inflação resiliente no país
O Federal Reserve, banco central americano, voltou a elevar os juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira após ter realizado uma pausa em seu ciclo de aperto monetário no mês passado.
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Com a elevação, as taxas vão para o intervalo entre 5,25% e 5,5%, maior patamar desde 2001. É o 11º aumento em quase um ano e meio.
"Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica vem crescendo em ritmo moderado. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação segue elevada", destaca o banco, em comunicado.
A decisão foi unânime e já era esperada pelo mercado. Desde a manutenção das taxas no mês passado, os dirigentes do banco já haviam sinalizado para a possibilidade de novas elevações.
No comunicado, os dirigentes do Fed destacam que continuarão avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária.
"Ao determinar a extensão do endurecimento adicional da política que pode ser apropriado para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com os quais a política monetária afeta a atividade econômica, a inflação e os fatores econômicos e financeiros", ressaltam.
O Fed destacou que continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme anunciado anteriormente.
Combate à inflação
O objetivo da alta dos juros é combater a inflação elevada no país. Os últimos indicadores de inflação vêm apresentando desaceleração, contudo determinados setores da economia americana, como o de serviços, seguem apresentando aumento nos preços. A alta nos preços de novas casas também tem sido observada pelos membros do BC.
O índice de preços de despesas com consumo pessoal (PCE) subiu 3,8% em maio em relação ao ano anterior.
O núcleo do índice, que exclui componentes voláteis de alimentos e energia, avançou 4,6% também na base anual.
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Apesar da desaceleração, os números seguem distantes da meta de 2% do Fed. Além disso, a atividade econômica não tem demonstrado forte desaceleração, mesmo com as altas de juros já realizadas.
O mercado de trabalho, outra variável observada pela autoridade monetária, manteve-se forte, com a taxa de desemprego chegando a 3,6% em junho, patamar considerado ainda baixo.
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