Economia
FMI eleva projeção do PIB brasileiro para 2,1% em 2023
Fundo melhora crescimento da economia global, para 3%, e vê desaceleração da inflação para 6,8% neste ano
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou as expectativas para a economia brasileira para 2,1% este ano, em uma atualização do Panorama Econômico Mundial divulgada nesta terça-feira. O crescimento de 1,2 ponto percentual em relação à estimativa de abril acontece após aumento na produção agrícola no início de 2023, que também ajudou a impulsionar o setor de serviços.
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A projeção para o PIB brasileiro em 2024, no entanto, foi reduzida para 1,2%, ante avanço de 0,9%.
Considerando a economia mundial, o FMI melhorou sua projeção para 2023. O Fundo prevê crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Embora ainda seja uma desaceleração em relação ao crescimento de 3,5% no ano passado, é superior à projeção de 2,8% em abril.
De acordo com uma pesquisa da Bloomberg, economistas elevaram as estimativas de crescimento do PIB global no segundo e terceiro trimestres, mesmo observando que há 60% de chance de os EUA entrarem em recessão nos próximos 12 meses.
Apesar da visão global um pouco mais otimista, o FMI alerta que as projeções globais de crescimento são fracas na comparação com a média de 3,8% durante as duas décadas anteriores à pandemia além disso, “o balanço de riscos para o crescimento global continua inclinado para baixo”.
Para 2024, o Fundo manteve sua expectativa de crescimento global em 3%.
Foco na Inflação
Os juros mais altos, que ajudam a conter a inflação, vão pesar sobre a atividade econômica global, diz o Fundo. Choques adicionais, como a intensificação da guerra na Ucrânia e desastres climáticos, podem estimular ainda mais o aperto dos bancos centrais.
O FMI cita ainda riscos contínuos para a estabilidade financeira em meio a taxas de juros mais altas, uma recuperação mais lenta do que o esperado na China, endividamento excessivo em economias emergentes e ameaças ao comércio internacional, com a guerra da Europa e as tensões entre Washington e Pequim.
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Mesmo com a política monetária mais rígida, a prioridade na maioria das economias continua sendo reduzir a inflação. O FMI acrescenta que os bancos centrais devem permanecer focados em restaurar a estabilidade de preços, fortalecer a supervisão financeira e o monitoramento de riscos.
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Espera-se que isso aconteça nesta semana, quando o Federal Reserve (o banco central dos EUA) e o Banco Central Europeu (BCE) deverão aumentar ainda mais as taxas de juros. O presidente do Fed, Jerome Powell, e a presidente do BCE, Christine Lagarde, alertaram que a taxa de inflação continua muito alta.
Desaceleração do crescimento
O FMI vê a inflação global desacelerando para 6,8% este ano — em comparação com uma previsão de 7% em abril. Mas o Fundo também elevou sua projeção de aumento do custo de vida em 2024 para 5,2% — crescimento de 0,3 ponto percentual ante a projeção anterior
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O FMI espera que os EUA cresçam 1,8% neste ano, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação a abril, antes de desacelerar para 1% em 2024.
A China é vista no relatório com expansão de 5,2% este ano, inalterada em relação à projeção anterior. No entanto, a recuperação do país após a reabertura pós-pandemia no início deste ano está diminuindo, em parte devido à fraqueza do setor imobiliário que está prejudicando o investimento, bem como à fraca demanda externa e ao aumento do desemprego dos jovens.
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