Economia
No Paraná, produtor consegue se reerguer após tornado
Insistência na produção tecnológica de leite rende frutos. Com rentabilidade, família investe R$ 250 mil em robôs de ordenha
Trabalhar no agro é, em muitos casos, um exercício de insistência. Geraldo Tomazi, de 61 anos, que atua na agricultura familiar em Três Barras do Paraná, na região de Cascavel (PR), apostou todas as suas fichas na produção tecnológica de leite.
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Com seus dois filhos, ele juntou as economias para construir um galpão com uma máquina de ordenha automática. Em novembro de 2015, semanas antes de colocar a nova estrutura em funcionamento, um tornado, com ventos de mais de 115 quilômetros por hora, atingiu a cidade — e Tomazi, que sequer tinha ligado a nova ordenhadeira, perdeu tudo.
— A gente ficou meio perdidão — relembra. — Foram meus filhos que me ajudaram a não desistir.
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Com um empréstimo, ele refez a estrutura com o dobro do tamanho original. A insistência rendeu frutos: hoje, o produtor tem rentabilidade suficiente para a compra de um novo robô. A família investiu cerca de R$ 250 mil nos robôs de ordenha e em tecnologias como os “coçadores de vaca”, uma espécie de escova que, segundo o pecuarista, desestressa o animal.
Persistência no DNA
Vestido com a camiseta polo de sua empresa familiar, Tomazi se mostra orgulhoso do rendimento de 45 litros de leite por vaca.
— Em 2014, comecei me aventurar na pecuária de leite e comprei 12 novilhas. Agora, tenho um rebanho de 323 vacas da raça holandesa — conta.
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Toda a produção é vendida à Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel).
A persistência faz parte do DNA da família Tomazi. Os pais do produtor, que nasceram em São Paulo, sempre “viveram da roça”, e ele passou esse gosto aos filhos. Ao vislumbrar o futuro, o produtor diz que quer ver os netos “ajudando na lida da terra”.
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