Economia
Bolsas de NY fecham em queda, com avanço da covid-19 e impasse fiscal nos EUA
Os mercados acionários de Nova York abandonaram o bom humor recente com a perspectiva de uma vacina para covid-19 em breve e deram mais atenção à nova onda da doença nos Estados Unidos. A perspectiva de queda na atividade, em um quadro de dificuldade para a aprovação de mais estímulos fiscais, pressionou as ações nesta quinta-feira.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,08%, em 29.080,17 pontos, o S&P 500 recuou 1,00%, a 3.537,01 pontos, e o Nasdaq caiu 0,65%, a 11.709,59 pontos.
Os EUA têm batido recordes de casos e analistas alertam para o avanço também nas hospitalizações. Algumas autoridades têm adotado restrições à atividade, inclusive em grandes cidades do país, para tentar conter o problema, mas isso pesa na atividade. Nesta quinta, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, previu alguns meses “difíceis” na economia americana e avaliou a vacina como uma solução apenas para o médio prazo.
Mais cedo, os índices futuros de Nova York chegaram a melhorar após números de pedidos de auxílio-desemprego na semana melhores do que o esperado.
As bolsas abriram sem sinal único, com o Nasdaq em alta, mas logo o quadro negativo predominou. Além das declarações de Powell, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, descartou apoiar um pacote fiscal mais robusto, enquanto a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, voltou a insistir na necessidade de mais apoio, em quadro de impasse no comando político do país sobre o tema.
O Goldman Sachs acredita que um novo pacote de ajuda nos EUA não deve passar de US$ 1 trilhão, mas mostra certo otimismo sobre a vacina, com a possibilidade de que ocorra imunização em massa no país no primeiro semestre de 2021. Nesse quadro, o banco espera crescimento de 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em todo o próximo ano.
Autor: Gabriel Bueno da Costa
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