Curiosidades
Jards Macalé: relembre participação do músico no projeto Toca no Telhado, do GLOBO
Cantor e compositor se apresentou na sede do jornal em 2019, quando lançou o disco de inéditas 'Besta Fera'
Jards Macalé, morto nesta segunda-feira (17), aos 82 anos, após sofrer uma parada cardíaca enquanto tratava uma broncopneumonia em um hospital na Barra da Tijuca, marcou presença na sede do jornal O GLOBO, na Cidade Nova, durante o projeto Toca no Telhado, em abril de 2019.
'Oh minha honey baby':
Última entrevista ao GLOBO:
Na ocasião, o artista se apresentou pouco antes do show de lançamento que faria no Circo Voador. No Toca no Telhado, Macalé interpretou uma versão intimista, em violão e voz, da canção "Trevas" — baseada na tradução de Décio Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos para poema de Ezra Pound.
O disco 'Besta Fera' trazia parcerias com artistas de gerações mais recentes, como “Buraco da Consolação” (com Tim Bernardes) e “Peixe” (com Kiko Dinucci e Rodrigo Campos).
— Nos últimos anos, viajando pelo Brasil, tive contato com essa geração, com o pessoal do Metá Metá (do qual Dinucci faz parte), d’O Terno (banda liderada por Bernardes) — contou Macalé. — Em algum momento, esse pessoal mais jovem ouviu meu disco de 1972 (“Jards Macalé”), e ele virou referência para eles.
Multiartista
Nascido em 3 de março de 1943, no tradicional bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio, Jards Anet da Silva cresceu em uma família em que a música era parte do cotidiano. Quando criança, conviveu na vizinhança com grandes nomes do rádio, como Vicente Celestino e Gilda de Abreu. Em casa, era embalado pelas valsas e modinhas tocadas ao piano pela mãe, Lígia, e pelo acordeom do pai, animando as frequentes festas familiares.
Como Jards virou Macalé?
Ao longo de 60 anos de carreira, Macalé transitou com desenvoltura por diversas áreas: música, cinema, televisão, teatro e artes plásticas. No cinema, atuou e assinou trilhas sonoras para filmes de Nelson Pereira dos Santos.
Como multiartista, compôs para exibições de Helio Oiticica, Xico Chaves e Lygia Clark; dirigiu Maria Bethânia e Gal Costa; e foi parceiro de Waly Salomão, Vinicius de Moraes e José Carlos Capinam. Também produziu "Transa" (1972), obra-prima do período de Caetano Veloso no exílio, em Londres.
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