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Romance de Adriane Galisteu e Ayrton Senna inspira série documental na HBO Max

'Meu Ayrton por Adriane Galisteu', da HBO Max, estreou nesta quinta-feira

Agência O Globo - 06/11/2025
Romance de Adriane Galisteu e Ayrton Senna inspira série documental na HBO Max
Romance de Adriane Galisteu e Ayrton Senna inspira série documental na HBO Max - Foto: Reprodução / Instagram

O maior ídolo esportivo do Brasil viveu uma paixão marcante com uma jovem modelo de família de classe média baixa do bairro da Lapa, em São Paulo. A trajetória do relacionamento entre Ayrton Senna e Adriane Galisteu é o foco de "Meu Ayrton por Adriane Galisteu", série documental da HBO Max lançada nesta quinta-feira. Ao longo de dois episódios, a apresentadora, que namorou o piloto por um ano e meio até sua morte no GP de San Marino, em maio de 1994, relembra momentos compartilhados e revisita locais significativos da história pessoal e do casal.

O lançamento acontece um ano após a estreia de "Senna", série ficcional da Netflix protagonizada por Gabriel Leone, na qual Adriane, interpretada por Julia Fioti, teve pouco mais de três minutos em cena. A participação reduzida gerou críticas do público, mas Adriane ressalta que o documentário não é uma resposta à abordagem da ficção.

"Não é nenhum tipo de polêmica. Esse documentário não é uma resposta", afirmou em coletiva de imprensa. "Não sou uma mulher que julga o que fazem comigo. Minha mãe me ensinou que não preciso dizer que o dos outros está errado, basta defender que o meu está certo."

Logo no início do primeiro episódio, Adriane destaca que nem mesmo "a família do Ayrton conseguiria contar sua história como homem". Alguns entrevistados relatam que os familiares nunca aprovaram a jovem modelo nem outras escolhas amorosas do piloto.

"A família nunca gostou de nenhuma namorada, queria ter controle total do cara", afirma Betise Assumpção, assessora de imprensa de Senna.

Primeiro encontro

Adriane compartilha detalhes sobre sua família: o pai, alcoólatra, faleceu quando ela era adolescente, e o irmão se envolveu com drogas, chegando a se tornar traficante durante o namoro da irmã com Senna. Modelo desde cedo, Adriane ajudava a mãe no sustento da casa e conheceu Ayrton durante um GP em São Paulo. Por meio de amigos, o piloto pediu seu telefone — ela forneceu o número da casa do então namorado, onde morava na época. O primeiro contato ocorreu em uma festa do GP, mas Ayrton cumpriu a promessa e, no dia seguinte, ligou para ela e a convidou para tomar um suco de laranja em seu apartamento. A partir daí, os encontros se tornaram frequentes, e Adriane terminou o antigo relacionamento para viver o romance com Senna. Na época, ela tinha 20 anos. O casal permaneceu junto até a morte do piloto, um ano e meio depois, no GP de San Marino.

No segundo episódio, entrevistados como Luiza Braga, esposa de Antônio Carlos de Almeida Braga (o Braguinha), um dos melhores amigos de Senna, relatam como cada um recebeu a notícia da morte do piloto. Adriane estava em Portugal e quase embarcou para San Marino, mas ela e Luiza receberam uma ligação de Braga.

"Família não quer ela aqui, ele já morreu", teria dito o amigo.

Braga, assim como outros próximos de Ayrton, teve acesso a fitas com uma conversa entre Adriane e um ex-namorado na época do acidente. Segundo Luiza Braga, o rapaz fazia comentários sobre as roupas do piloto e perguntava se ele era melhor na cama.

Adriane relembra o funeral e, posteriormente, a despedida da mãe de Senna, quando foi buscar seus pertences na casa do piloto.

"Eu perdi um namorado, o Brasil perdeu um ídolo. Eu não queria competir com ninguém, mas a dor genuína e profunda era da mãe dele. Essa dor não se compara", reflete Adriane. "Eu chorava pela dor do luto e também por ter perdido meu chão."