Cidades
Projeto forma novos profissionais em acessibilidade audiovisual e amplia inclusão cultural em Alagoas
Com turmas inclusivas e acessíveis, iniciativa da Permear capacitou participantes do litoral ao sertão em audiodescrição, Libras e legendagem
O projeto “Permear a inclusão: Acessibilidade audiovisual do litoral ao sertão” encerrou suas atividades com resultados que fortalecem o compromisso com uma cultura mais democrática e acessível. Realizado pela Permear Arte e Acessibilidade, a iniciativa ofereceu três cursos gratuitos e online nas áreas de Audiodescrição, Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE) e TALS – Tradução Audiovisual em Língua de Sinais (Janela de Libras), alcançando participantes de todas as regiões de Alagoas.
A procura superou as expectativas: foram 274 inscritos, sendo 89 em Audiodescrição, 76 em Legendagem LSE e 109 em TALS. Desses, 120 foram selecionados, 40 por curso, demonstrando alto engajamento nas formações.
Mais do que números, o projeto evidenciou a potência da diversidade: 60% dos participantes foram pessoas negras (pretas e pardas), 60% mulheres e 50% pessoas com deficiência, que participaram ativamente das aulas, tanto como alunos quanto como ministrantes e consultores.
“Foi uma experiência muito rica, tanto pela troca entre os participantes quanto pela oportunidade de formar novas vozes para o mercado da acessibilidade audiovisual. Tivemos pessoas de várias regiões, com diferentes histórias, unidas pelo mesmo propósito de tornar a arte e o audiovisual mais acessíveis”, destaca Bárbara Lustoza, coordenadora do projeto.
“Este curso de audiodescrição foi essencial para a minha formação. Diferente dos demais que já fiz, aqui pude acompanhar, em tempo real, a correção de roteiros, a gravação da própria audiodescrição, a minutagem e a consultoria da Fabrícia, que mostrou, de forma prática, como contribuir como consultor. Foi uma experiência muito rica, que levarei para a vida toda. Agradeço à Bárbara e à Fabrícia, pois vi, com clareza, calma e paciência, como trabalhar a audiodescrição de maneira eficaz”, afirmou Willer Bertoldo, aluno de audiodescrição com deficiência visual.
Com carga horária de 40 horas, as aulas foram realizadas aos sábados, pela plataforma Google Meet, com todos os recursos de acessibilidade: tradução em Libras, audiodescrição e legendagem automática. Além do conteúdo técnico, as formações trouxeram um olhar sensível sobre o papel da acessibilidade na experiência estética e na produção cultural, sempre valorizando o protagonismo de pessoas com deficiência.
Realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura (MinC), operacionalizado pelo Governo de Alagoas através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult/AL), o projeto consolida a trajetória da Permear como referência nacional em acessibilidade comunicacional e formação de novos profissionais no setor cultural.
“Mais do que ensinar técnicas, a formação reafirmou o poder transformador da acessibilidade. Cada aluno que concluiu esse processo carrega agora a possibilidade de fazer com que mais pessoas participem, compreendam e sintam a arte. É esse o legado que queremos deixar”, conclui Bárbara Lustoza.
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